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Carlos Madeiro

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo o a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Perto de fechar ano, Auxílio Brasil volta a ter famílias na fila de espera

Carlos Diego Tavares: desempregado, morando de favor e esperando auxílio - Arquivo pessoal
Carlos Diego Tavares: desempregado, morando de favor e esperando auxílio Imagem: Arquivo pessoal

Colunista do UOL

07/12/2022 04h00

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No mês seguinte à eleição presidencial, o programa Auxílio Brasil voltou a ter fila de espera de famílias para ingresso. Segundo dados do Ministério da Cidadania, em novembro havia 127,9 mil cadastros de pessoas habilitadas para receber o benefício, mas que ficaram de fora.

A fila estava zerada desde agosto, quando 1,5 milhão de famílias foram incluídas após a aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que liberou recurso extra para o programa, garantido a inclusão de todas as famílias aptas à época e reajustando o piso do programa de R$ 400 para R$ 600.

No mês ado, o governo inseriu na folha de novembro 500 mil novas famílias no benefício. Entretanto, o total de cadastros aptos para receber o auxílio era maior: 627,9 mil famílias, gerando o déficit. O governo não informou o motivo da não inclusão dessas pessoas.

No final do ano ado, após o fim do Bolsa Família para criação do Auxílio Brasil, foi registrada a maior fila da história do programa, com 2,7 milhões delas esperando o benefício —todas foram atendidas em janeiro.

Nos meses seguintes, sem inclusões no tamanho da demanda, a fila foi novamente sendo formada até agosto, quando todas as famílias inscritas e elegíveis foram beneficiadas.

Desde dezembro de 2021, esse foi o sétimo mês em que o programa apresentou fila de espera, que estava zerada desde agosto.

A coluna entrou em contato com o Ministério da Cidadania para que a pasta informasse o motivo da não inclusão das 127 mil famílias e se iria incluí-las na folha de dezembro, mas não obteve resposta.

Sem o e desempregado

Desempregado há dois anos, o frentista Carlos Diego Tavares, 30, solicitou no dia 31 de agosto ingresso no Cadastro Único esperando receber o Auxílio Brasil. Hoje, mora hoje de favor em um pequeno cômodo de um terreno no bairro do Benedito Bentes, periferia de Maceió, e aguarda ser contemplado.

"Meu primo tinha feito um quarto para guardar as coisas no quintal dele. Como ele estava sem usar, pedi e ele me deixou morando aqui. Minha família toda é de Arapiraca [a 120 km de Maceió], não tenho para onde ir", afirma.

Hoje, ele recebe apenas ajuda da ONG Amigos da Periferia, também no Benedito Bentes, que fornece alimentos para que ele possa sobreviver nesse período sem renda.

Já coloquei currículo em tudo que é lugar possível, e só levo 'não, não e não'. Estar dependendo dos outros é muito ruim, é muito difícil."
Carlos Diego Tavares, desempregado

Na eleição, todas as famílias estavam no programa

Entre agosto e outubro, durante período de campanha eleitoral, o governo incluiu no programa, sempre no mesmo mês, todas as famílias que foram consideradas aptas.

O Auxílio Brasil usa como base de dados o CadÚnico (Cadastro Único de programas federais).

São elegíveis para o programa todas as famílias extremamente pobres (com renda per capita de até R$ 105) ou pobres (com renda de R$ 105,01 até R$ 210) com criança, adolescente ou gestante.

De novembro de 2021 até setembro deste ano, pelo menos 3,6 milhões de brasileiros aram a receber o Auxílio Brasil por meio de cadastro novo em que informava ser integrante solitário de uma família.

Como revelou a coluna há duas semanas, o Ministério da Cidadania deixou para averiguar possíveis irregularidades do aumento exponencial de famílias com apenas uma pessoa para o período depois da votação.

Em agosto, havia 5,3 milhões de famílias unipessoais recebendo o Auxílio Brasil, bem superior a outubro de 2021, quando ainda existia o Bolsa Família e havia 2,2 milhões de casos assim. Isso fez o percentual de famílias com unipessoais atingir 26%, bem maior que a média de 15% do Bolsa Família e da média brasileira, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os dados chamaram atenção do TCU (Tribunal de Contas da União) e da equipe de transição do governo, que viram desvirtuação e suposto abuso de poder político no uso do programa para benefício de Jair Bolsonaro (PL) na eleição.

Um dos anúncios feitos pela equipe de transição é que o programa voltará a se chamar Bolsa Família e irá levar em conta a composição familiar, dando adicional de R$ 150 a famílias com crianças de até seis anos.