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Chico Alves

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Plano de venezuelização do Brasil foi anunciado, cada um faça sua escolha

Jair Bolsonaro, Hamilton Mourão, Valdemar Costa Neto e Arthur Lira - Divulgação e reprodução de vídeo
Jair Bolsonaro, Hamilton Mourão, Valdemar Costa Neto e Arthur Lira Imagem: Divulgação e reprodução de vídeo

Colunista do UOL

09/10/2022 10h58

Um dos argumentos que Jair Bolsonaro usava para pedir votos na campanha presidencial de 2018 era que sua eleição impediria a transformação do Brasil em uma Venezuela. Ele se referia ao modelo autocrático do país vizinho, que cooptou militares de alta patente e governa em meio a uma crise econômica que jogou boa parte dos venezuelanos na pobreza, com dificuldade para conseguir alimentos.

Bolsonaro venceu a eleição e seu governo reproduz justamente aquilo que falsamente atribuía ao PT. Distribui benesses aos militares que o ajudaram a chegar ao poder, nada faz contra o avanço da pobreza, observa indiferente o aumento do número de pessoas com fome e só recentemente reduziu o preço da gasolina a um patamar que se manterá apenas até a eleição.

Foi o governo de Bolsonaro e seus militares, portanto, que fez o Brasil se parecer com a Venezuela.

Mas a principal semelhança com o regime de Nicolás Maduro ainda está por vir: o domínio do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Poder Executivo. A intenção de aumentar o número de ministros na corte foi anunciada pelo senador eleito Hamilton Mourão e confirmada pelo próprio Bolsonaro. O objetivo é criar artificialmente uma maioria aliada do governo.

Na Venezuela, a reforma do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) reduziu de 32 para 20 o número de ministros, mas com ampla maioria para os governistas — apenas três dos magistrados escolhidos são ligados à oposição. Entre os ministros alinhados com o presidente Nicolás Maduro, vários já cumpriram o tempo máximo de mandato (12 anos), mas serão mantidos de forma ilegal.

O governo venezuelano reduz o número de ministros enquanto o plano bolsonarista é aumentar a quantidade de vagas, mas o objetivo das mudanças é o mesmo. Querem impedir que as principais instâncias do Judiciário dos dois países contrariem os chefes do Poder Executivo.

Autocracia ou simplesmente ditadura, cada um escolha o nome que preferir. Só não se pode chamar isso de democracia.

Apesar desse risco anunciado para as instituições do Brasil, personagens importantes da sociedade ainda se comportam como se tudo estivesse dentro da normalidade, relutam em adotar posição firme para impedir a escalada autoritária.

Uns tratam Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva como se fossem figuras equivalentes. Outros condicionam apoio ao candidato do PT a uma antecipação das diretrizes econômicas de seu governo. Há também aqueles que procuram todo tipo de pretexto para apoiar Bolsonaro.

Que estes sejam alertados para a responsabilidade que terão sobre o regime de exceção em que o país vai mergulhar assim que o STF ficar subjugado pelo governo.

Depois de 2018, quando ficou clara a destruição causada por Bolsonaro, muita gente importante se mostrou surpresa, como se todas as barbaridades ditas e feitas por ele em décadas de vida pública não fossem um alerta suficiente. Os absurdos do bolsonarismo continuaram e não foram contidos. Aos poucos, a barbárie foi sendo normalizada e ou a fazer parte do cotidiano dos brasileiros.

Jornalistas, empresários e magistrados contaminados pelo antipetismo deram contribuição decisiva para que chegássemos à beira do abismo.

Mas um alerta especial deve ser dirigido à classe política, particularmente aos parlamentares do Centrão: quando o governo dominar o Judiciário, não precisará mais de vocês.

Arthur Lira, Ciro Nogueira, Valdemar Costa e seus subordinados só valem alguma coisa para o presidente e os militares enquanto estiver em vigor a democracia, que obriga o chefe do Executivo a negociar seus projetos com o Legislativo.

Em regime autocrático ou ditatorial, políticos não decidem nada, só obedecem. Mesmo que sejam Lira, Nogueira ou Costa Neto.

A tal venezuelização do Brasil está prestes a acontecer, não pelas mãos de Lula, mas de Bolsonaro.

Aos isentos e àqueles que colaboram ativamente com esse processo, o recado está dado.

Depois, não vão poder dizer, como da outra vez, que não sabiam de nada.