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Thaís Oyama

Mico na selva, elefante na Paulista e o governo que nem cego em tiroteio

O mico-leão-dourado, a nova vítima do trabalho de "contra-propaganda" do governo brasileiro - Divulgação
O mico-leão-dourado, a nova vítima do trabalho de "contra-propaganda" do governo brasileiro Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

11/09/2020 10h35

O vice-presidente Hamilton Mourão recorreu ao seu costumeiro estilo "cool" e galhofeiro para comentar o fato de ter compartilhado um vídeo em que um mico-leão-dourado saltita por uma suposta floresta amazônica -algo tão possível de se ver quanto um elefante eando na avenida Paulista.

"Aquilo é uma integração Amazônia-Mata Atlântica", caçoou o vice, que como ex-comandante da Segunda Brigada de Infantaria da Selva em São Gabriel da Cachoeira, sabe perfeitamente que o macaco é exclusividade da Mata Atlântica e não existe naquela região (o mesmo não se pode dizer do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que também compartilhou o vídeo e que até assumir a pasta nunca havia posto os mocassins na floresta).

Pouco antes, porém, Mourão tinha falado sério: compartilhara, sim, o vídeo — que não era uma peça do governo, mas servia de resposta "àqueles grupos que consideram que nós não estamos tratando direito da questão amazônica".

E completou: "Eles (os grupos) fazem o trabalho de propaganda deles e nós estamos fazendo a contra-propaganda. Isso faz parte do negócio".

Por ora, a "propaganda" que corre o mundo é a de que a Amazônia sob Jair Bolsonaro arde 24 horas em chamas. É uma terra de árvores calcinadas e sem lei, onde indígenas são expulsos diariamente de suas aldeias para dar lugar à ganância desenfreada de maus madeireiros - tudo isso com a cumplicidade assassina de um governo tomado pelo ethos da destruição.

Carregar nas tintas, afinal, é a estratégia de qualquer guerra de narrativas. E nesse ponto, a turma de Leonardo Di Caprio tem mostrado muito mais competência do que o governo brasileiro.

No mês ado, diante da projeção do Inpe de um salto de 34% nos índices de desmatamento da floresta no último ano, o presidente Jair Bolsonaro fez o de sempre: esperneou e apontou o dedo para inimigos imaginários.

O resultado desse comportamento é o que se vê: investidores estrangeiros levando seus trilhões de dólares para outras plagas, impelidos por regras de compliance que os impedem de manter dinheiro em países descumpridores de protocolos ambientais, e empresas nacionais implorando ao governo para melhorar a imagem do Brasil no exterior, já que a péssima reputação ambiental do país está prejudicando seus negócios lá fora.

Ontem, depois que o mico do mico-leão veio à tona, um constrangido presidente da Associação de Criadores do Pará, responsável pela divulgação do material na internet, veio a público tentar amenizar sua culpa dizendo que, apesar da gafe, "o que importa é a mensagem do vídeo".

Está certo o ruralista. Pena que a mensagem do vídeo seja a de um mal disfarçado nacionalismo xenófobo e de um amadorismo ecológico que transformou o ministro do Meio Ambiente do Brasil e seu tutor na Amazônia, o vice-presidente do país, em trogloditas incapazes de discernir um repolho de uma vitória-régia.

Como diz o vice Mourão, também na questão ambiental, propaganda e contra-propaganda são "parte do negócio". E nesse negócio, por enquanto, o Brasil só tomou prejuízo.