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Para atacar isolamento, Bolsonaro distorce conversa com diretor da OMS

4.nov.2021 - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante sua live semanal - Arte/UOL sobre Reprodução/YouTube Jair Bolsonaro
4.nov.2021 - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante sua live semanal Imagem: Arte/UOL sobre Reprodução/YouTube Jair Bolsonaro

Bernardo Barbosa

Do UOL, em São Paulo

04/11/2021 21h44

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) distorceu em sua live de hoje o teor de uma conversa que teve com o diretor-geral da OMS (Organização Mundial de Saúde), Tedros Adhanom, durante a cúpula do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo). Bolsonaro utilizou a desinformação para atacar mais uma vez medidas de isolamento social, como o lockdown (isolamento total).

Ao afirmar que Tedros disse na conversa que "não apoiou o lockdown", de forma genérica, Bolsonaro não explicou que a resposta do diretor-geral da OMS se referia ao contexto atual e citava circunstâncias específicas. O presidente omitiu que Tedros disse ser contrário a um lockdown geral no Brasil agora, após o avanço na vacinação, e que não haveria necessidade da medida caso o país mantenha medidas como uso de máscaras e distanciamento social. Veja o que o UOL Confere checou:

Você vai ver na minha página lá, tem que prestar atenção, está um pouquinho baixo o som, mas dá para você ouvir o que ele [Tedros Adhanom] falou sobre lockdown. [Se] ele apoiou ou não o lockdown, a OMS, tá ok?"
Presidente Jair Bolsonaro na live de 04/11/2021

A declaração do presidente é distorcida, pois trata de forma enganosa o diálogo real com o diretor-geral da OMS.

O vídeo da conversa divulgado pela página de Bolsonaro no Facebook tem cortes — ou seja, não tem a íntegra do diálogo. No trecho publicado, Bolsonaro diz a Tedros que "a própria OMS não é favorável à medida de lockdown".

O diretor-geral da OMS responde que, devido ao avanço da vacinação no Brasil, se o país "continuar a trabalhar com as medidas de saúde pública como máscara e distanciamento social", não haveria necessidade de um lockdown em todo o país. Tedros não descarta a eventualidade de que seja necessário um "lockdown localizado, numa área específica de altíssimo risco".

Na live de hoje, no entanto, o presidente omitiu todo este contexto da conversa.

Como mostramos anteriormente no UOL Confere, Bolsonaro já tratou de forma enganosa a necessidade de medidas de isolamento social adotadas ao longo da pandemia de covid, entre elas o lockdown, para tentar justificar problemas econômicos enfrentados pelo Brasil e por outros países, como a inflação.

Restrições como o fechamento temporário do comércio, entre outras, tiveram impacto nas economias de diversos países, mas diversos estudos científicos apontam que o isolamento não só foi importante para salvar vidas, como para conter os danos econômicos decorrentes da pandemia.

Apesar de o STF (Supremo Tribunal Federal) ter decidido que, segundo a Constituição, a responsabilidade para definir medidas na área da saúde é compartilhada entre União, estados e municípios, o país não teve uma política de isolamento coordenada pelo governo federal. Governadores e prefeitos estabeleceram regras próprias.

A grande maioria dos estados não recorreu ao lockdown, mas optou pelo isolamento parcial, fechando comércio e serviços em horários ou dias específicos para diminuir a circulação de pessoas. Bares e restaurantes foram fechados, lugares públicos tiveram entrada controlada e aulas foram suspensas, mas raramente houve restrição à circulação nas ruas.

aporte sanitário, vocês vão ver lá se ele [Tedros Adhanom] é contra ou não o aporte sanitário, tá ok, pessoal?"
Presidente Jair Bolsonaro na live de 04/11/2021

A declaração de Bolsonaro está sem contexto. No vídeo da conversa com Tedros Adhanom publicado na página do presidente no Facebook, Bolsonaro pergunta qual a posição da OMS sobre o "aporte sanitário" — ou seja, a exigência de comprovante de vacinação contra a covid para determinadas atividades. O diretor-geral da entidade afirma que a OMS, por enquanto, não recomenda a medida, já que a imunização ainda está lenta em vários países e, por isso, o "aporte" poderia ser uma medida discriminatória.

"Na África, é só 5% a taxa de vacinação", diz Tedros a Bolsonaro. No dia 31, quando ambos conversaram, o Brasil tinha uma situação bastante diferente, com 54,88% da população totalmente vacinada contra a covid.

Vacinação em crianças. Está aqui, ó: (...) [Estado de] 'São Paulo vai enviar à Anvisa pedido para vacinar contra covid crianças de 5 a 11 anos'. Então, vamos ver o que o Tedros falou lá. Você tem filho? Então vai lá e ouça. Você tem filho, quer o bem dele? Então vai lá e vê o que ele fala."
Presidente Jair Bolsonaro na live de 04/11/2021

É verdadeiro que, na conversa com Bolsonaro, o diretor-geral da OMS disse que a entidade ainda não recomenda a vacinação de crianças contra a covid porque não há dados, até o momento, que garantam a segurança da aplicação dos imunizantes para este público. Especialistas da organização concluíram que a vacina da Pfizer pode ser aplicada em jovens de 12 anos ou mais.

No entanto, no trecho em que fala sobre o pedido feito pelo governo de São Paulo, a declaração do presidente está sem contexto. Bolsonaro leu apenas o título de uma reportagem do site g1 sobre o assunto, sem dar detalhes sobre o trâmite necessário para a eventual aprovação da vacinação para crianças.

A mesma reportagem do g1 esclarece que, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), "o pedido de inclusão de um novo grupo no público-alvo dos imunizantes contra a doença 'deve ser feito pelo laboratório farmacêutico responsável pela vacina', não por governos". O texto também informa que "no país ainda não há nenhum imunizante aprovado pela agência para vacinação desse grupo". O UOL também publicou uma reportagem sobre o assunto.

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