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É falso que Brasil foi 'exemplo' na compra de vacinas, como diz Bolsonaro

Rayanne Albuquerque

Do UOL, em São Paulo

17/01/2022 16h38

É falso que o Brasil foi um 'exemplo para o mundo' na aquisição de vacinas contra a covid-19, como afirmou hoje o presidente Jair Bolsonaro (PL) em entrevista a uma rádio do Espírito Santo. O UOL Confere já havia mostrado, em março do ano ado, que o governo mentia ao dizer que não negligenciou a compra de imunizantes. A gestão federal atrasou a compra de vacinas e, por consequência, a aplicação de doses na população.

Fizemos toda nossa parte, inclusive somos um exemplo para o mundo no tocante à aquisição de vacinas."
Presidente Jair Bolsonaro em entrevista à rádio Viva FM

Apurações da I da Covid, no Senado, mostraram que o Ministério da Saúde ignorou mais de 80 e-mails da Pfizer. Em março de 2021, a Folha noticiou que o governo rejeitou uma proposta de entrega de 70 milhões de doses da farmacêutica até dezembro de 2020.

Se a proposta da Pfizer fosse aceita, o país teria mais 8 milhões de pessoas vacinadas com a primeira dose ainda em maio de 2021. A estimativa foi calculada pelo instituto Infotracker, da Universidade de São Paulo, junto ao UOL.

Em outubro de 2020, o governo ignorou pedido do TCU (Tribunal de Contas da União) para que apresentasse um plano de vacinação da população brasileira. Dias depois, Bolsonaro desautorizou o então ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, e rejeitou a compra de 45 milhões de doses da CoronaVac até dezembro de 2020 e outros 15 milhões no primeiro trimestre de 2021.

O Ministério da Saúde também optou pela cobertura mínima de imunização contra o coronavírus ao aderir à aliança global por vacinas da OMS (Organização Mundial da Saúde), o Covax Facility. A adesão do país ao grupo só ocorreu meses após sua criação. Assim, o Brasil não participou da primeira reunião, realizada em maio de 2020. Com isso, também não recebeu as primeiras levas das vacinas distribuídas pelo consórcio.

A iniciativa possibilitava que países fizessem uma solicitação de vacinas que atendessem de 10% a 50% da população de suas nações. A pasta preferiu receber vacinas que imunizassem apenas 10% da população, em vez dos 50%.

Governo ignorou alertas sobre crise em Manaus

Durante a mesma entrevista à rádio capixaba Viva FM, Bolsonaro deu outra declaração falsa ao dizer que o governo federal não deixou faltar estrutura para o combate da covid no país. No entanto, documento enviado à I da Covid aponta que o Ministério da Saúde soube do crescimento brusco da demanda de respiradores no Amazonas quase um mês antes da rede hospitalar de Manaus entrar em colapso.

Não faltou dinheiro para estados, não faltou para municípios, não faltou meios, não faltou médico para quem pediu, transportes de doentes para um lado e para o outro, [não faltou] oxigênio."
Presidente Jair Bolsonaro em entrevista à rádio Viva FM

Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito disseram que há evidências que o governo federal ignorou sucessivos alertas e demorou a entrar em ação para ajudar a combater o agravamento da crise sanitária.

O documento mostra que, a partir de 18 de dezembro de 2020, o estado do Amazonas solicitou 140 respiradores naquele mês. Já em janeiro de 2021, no dia 2, foram pleiteados mais 78 respiradores — totalizando uma demanda de 218 em um espaço de apenas 16 dias, segundo informações readas pelo Ministério da Saúde à I do Senado.

O MPF (Ministério Público Federal) no Distrito Federal decidiu desmembrar, em 12 frentes de investigações independentes, a apuração aberta a partir dos fatos apontados pelo relatório final da I da Covid. A ação ocorre diante das evidências sobre as ações e omissões do governo federal no combate ao coronavírus levantadas em 1.200 páginas do relatório final da comissão parlamentar no Senado.

Dados descontextualizados sobre empregos

Também na entrevista à rádio Viva FM, Bolsonaro citou dados sobre a criação de empregos no Brasil sem contexto ao afirmar que o país ultraou a marca de 3 milhões de novos postos de trabalho em 2021. As declarações também foram compartilhadas pelo presidente em sua conta oficial do Twitter.

Desde o início de 2021, o governo federal comemora recordes na criação de empregos com carteira assinada, mas sem explicar que a comparação com anos anteriores não pode ser feita porque houve mudança na maneira de coletar as informações que montam o censo do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

A mudança ocorreu em 2020, quando o governo adotou números mais abrangentes, como a inclusão de trabalhadores contratados em regime temporário. Essa categoria não integrava as edições anteriores do cadastro geral.

Além disso, estes dados podem ar por revisão, o que por vezes leva a resultados diferentes dos anunciados em um primeiro momento.

Em 2020, o Ministério do Trabalho divulgou uma revisão nos dados do Caged sobre o fechamento de vagas com carteira assinada. O novo cálculo mostrou um saldo negativo de 191.502 empregos formais naquele ano. O primeiro balanço, no entanto, tinha apontado um saldo positivo de 142.690 postos de trabalho. O número já havia sido reajustado pelo governo no início de novembro, mudando o número de novas vagas com carteira assinada para 75.883.

As alterações ocorreram após a base de dados do Ministério do Trabalho sofrer mudanças. Pelas regras em vigor, empresas de todo o Brasil precisam declarar ao ministério demissões e contratações de empregados feitas a cada mês do ano. No entanto, essas empresas têm até 12 meses para informar a movimentação, a partir da data de demissão ou contratação.

Ou seja: caso um trabalhador tenha sido demitido em dezembro do ano ado, a empresa terá até dezembro deste ano para fazer a declaração ao ministério. Na prática, isso significa que os dados do governo federal sobre novos postos de trabalho e demissões no país podem não corresponder à realidade, visto que as empresas podem reter por um ano as informações.

Até o momento, o Brasil conta com 2.992.898 empregos gerados no ano ado, decorrente de 19.136.617 issões e de 16.143.719 desligamentos, com ajustes até novembro de 2021. Os dados podem ser consultados por qualquer pessoa nas estatísticas mais recentes do Caged, divulgadas em novembro.

O órgão, no entanto, ainda não informou quais são os números de dezembro e o consolidado anual, que também estão sujeitos à revisão.

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