Entenda a cronologia do caso Eliza, segundo a versão apresentada pela polícia
A polícia mineira apresentou uma cronologia nesta sexta-feira (30) para explicar como a morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Souza, teria ocorrido no começo de junho, quando a moça foi dada como desaparecida. Baseado nessa versão, a polícia indiciou nove pessoas por homicídio e formação de quadrilha, entre outros crimes, além da prisão preventiva dos mesmos.
Veja abaixo a cronologia do crime, segunda a versão da polícia:
- 4 de junho: começa a execução do plano. Luiz Henrique Ferreira Romão (o Macarrão, amigo de Bruno) e o menor J., primo do goleiro, deslocam-se até o hotel Transamérica, no Rio de Janeiro, e dizem a Eliza que vão levá-la até a casa de Bruno, no Recreio dos Bandeirantes. A frase "o Bruno é um babaca" era a senha para atacar a jovem. O menor pula para cima dela, que tenta saltar do carro, mas é segurada. O menor então desfere coronhadas em sua cabeça. No embate, J. também se machuca. Exames de DNA comprovam que há sangue de ambos no veículo. Ela chega a casa de Bruno e é recebida por outra amante de Bruno, Fernanda Gomes de Castro. Durante todo o dia, os envolvidos mantêm contato com Bruno pelo telefone.
- 5 de junho: Eliza fica presa na casa do Rio de Janeiro. Bruno chega e todos saem em direção a Minas Gerais, em dois carros separados. Houve uma parada em Juiz do Fora (MG), para comer, e uma em Contagem (MG), onde os suspeitos pararam em um motel. O primo de Bruno, Sérgio Rosa Sales, é levado até o motel, de onde eles saem no dia seguinte.
- 6 e 7 de junho: chegam ao sítio de Bruno, em Esmeraldas (MG), onde Eliza continua como refém. Bruno sai para um jogo e Fernanda permanece no sítio com os demais envolvidos.
- 8 de junho: Fernanda volta para o Rio de Janeiro com Macarrão.
- 9 de junho: Macarrão volta ao sítio. A mulher de Bruno, Dayanne Rodriques do Carmo Souza, chega ao local e discute com Bruno. O goleiro então abre a porta de um dos cômodos e mostra Eliza, dizendo que "vai dar um jeito" nela.
- 10 de junho: por volta das 19h, Macarrão, J., e Sérgio colocam Eliza e a criança em um carro e a levam para a região da Pampulha. Lá encontram o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos (o Bola), contratado em fevereiro para executar Eliza. Todos vão para a casa dele em Vespasiano (MG), onde ela é morta por asfixia. Bola pede para todos saírem. Mais tarde, ele vai até o canil da casa com um saco e arremesa uma das mãos da vítima para os cachorros. Bola dá um sumiço com o resto do corpo (a polícia não sabe explicar como). Todos voltam para o sítio. Lá, Bruno entrega a criança para Dayanne.
Indiciamentos
Pelos crimes de homicídio, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menores foram indiciados: o goleiro Bruno, o amigo dele Luiz Henrique Ferreira Romão (o Macarrão); Flávio Caetano de Araújo e Wemerson Marques de Souza (Coxinha)-- ambos acusados de esconder o bebê de Eliza--; a mulher do goleiro, Dayanne Rodriques do Carmo Souza; Elenilson Vitor da Silva, caseiro do sítio do jogador; Sérgio Rosa Sales (o Camelo), primo do atleta; e Fernanda Gomes de Castro, uma suposta amante do atleta.
Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos (o Bola), apontado como o assassino de Eliza, foi indiciado por homicídio qualificado (motivo torpe, utilização de meio cruel e recurso que dificulta a defesa da vítima), formação de quadrilha e ocultação de cadáver. Com exceção de Fernanda, todos já estão cumprindo prisão temporária em Minas Gerais. Foi pedida também a prisão preventiva de todos os indiciados. Os suspeitos negam os crimes.
O inquérito foi entregue ao Ministério Público, que deve apresentar em dez dias uma denúncia à Justiça, arquivar o caso ou pedir mais informações à polícia.
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