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Dez anos após caso Dorothy, Anapu tem 30 marcados para morrer

Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

16/11/2015 06h00

Os sete assassinatos registrados em Anapu (a 678 km de Belém, no Pará) trouxeram de volta o clima sangrento à região que ficou mundialmente conhecida após a morte da missionária Dorothy Stang, em fevereiro de 2005. Além das mortes, há vários relatos de intimidação por parte de fazendeiros da região. Das vítimas, ao menos três já haviam relatado ameaça. Trinta pessoas estariam em uma lista e marcadas para morrer a qualquer momento.

A guerra pela disputa da terra no local foi denunciada pelo MPF (Ministério Público Federal) do Pará, após relato da T (Comissão Pastoral da Terra). Um inquérito civil público foi aberto para investigar a violência no local. A Comissão Nacional de Combate à Violência, ligada à Ouvidoria Agrária Nacional, também irá ao local no início de dezembro tentar amenizar o clima de medo que tomou conta da zona rural do município.

As características das mortes são semelhantes: homens encapuzados chegam em uma moto, identificam a vítima e atiram com arma de fogo. Os crimes ocorreram sempre na região urbana. Para a T, isso seria uma forma de despistar a motivação agrária dos crimes.

As últimas duas mortes ocorreram nos dias 27 e 31 de outubro. A primeira delas vitimou José Nunes da Cruz Silva, conhecido como Zé da Lapada, um dos primeiros a ocupar terras na região e que sofrera ameaça antes de morrer, em agosto. A outra vítima, Cláudio Bezerra da Costa, conhecido como Ivanzinho, também estava no local desde 2002.

O conflito em Anapu tem origem na época em que a extinta Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) financiou empresários para projetos de médio e grande porte no campo. Sem fiscalização, o dinheiro foi desviado, e os projetos serviram para grilagem de grandes extensões de terras públicas.

Assim, vieram os pistoleiros que, a mando de grileiros, tentam expulsar colonos pobres da região. A União tenta hoje, na Justiça Federal, anular os documentos de terras griladas, mas o processo é lento. O conflito piorou nos anos 2000 depois do anúncio do governo federal que a usina de Belo Monte seria construída. Migrantes aram a chegar na região, e a violência recrudesceu até a morte de Dorothy.

O novo ciclo de violência está relacionado a uma nova atração populacional e também à impunidade do mandante do assassinato de Dorothy, Regivaldo Galvão, que foi condenado a 30 anos de prisão em 2010, mas nunca cumpriu a pena – aguarda o recurso em liberdade. Dos outros quatro condenados, dois cumprem pena em regime semiaberto, um está em prisão domiciliar e Rayfran das Neves Sales, autor dos disparos, depois de cumprir quase nove anos na cadeia e ter direito à progressão de regime, foi detido novamente acusado de envolvimento em outro assassinato.

Na terça-feira (10), a Ouvidoria Agrária Nacional se reuniu, em Brasília, com todas as autoridades envolvidas no caso. Durante o encontro, foi apresentada uma carta da mãe de uma das vítimas acusando a Polícia Civil em Anapu de direcionar as investigações para desvincular o conflito agrário como motivação.

A vítima citada foi Jesusmar Batista de Farias, morto em 11 de agosto na oficina após voltar de visita ao lote 83, o mais tenso da área. Cinco mortes são de pessoas com ligação ao lote. Para tentar amenizar o clima de tensão, ficou acertado que a Comissão Nacional de Combate à Violência do Campo vai a Anapu em caráter de urgência.

“A comissão vai colher o depoimento dos familiares das pessoas que foram assassinadas. Elas estão com medo de falar com a polícia, então é importante alguém de fora que dê confiança”, disse o procurador federal Felício Pontes Júnior, que participou do encontro.

Outro ponto acertado foi que as polícias do Pará vão realizar rondas nas fazendas citadas como pontos de tensão, e uma grande operação será feita para tentar desarmar moradores e fazendeiros.

Em nota encaminhada ao UOL, a Secretaria de Segurança Pública do Pará informou que as sete mortes estão sendo investigadas e que apenas uma teria ligação com conflito agrária (leia o quadro).

“Nas demais possibilidades de homicídios, dois estão sob investigação, com motivação ainda não definida para conflito. Outros três casos já estão esclarecidos e não apresentam vinculação com crime agrário”, completou. A polícia diz também que uma das supostas vítimas não teria sido morta, e sim fugido de Anapu.