Após desastre, até produção de leite no Vale do Rio Doce tem queda de 10%
Milhares de produtores de leite dos 102 municípios que compõem a região mineira do Vale do Rio Doce, sobretudo os proprietários que criam o gado à beira do rio que atravessa a região, os chamados “ribeirinhos”, reduziram a produção por conta da lama que tomou a calha do rio Doce, após o desastre das barragens da mineradora Samarco, em Mariana (MG), no último dia 5.
A estimativa da Cooperativa Agropecuária do Vale do Rio Doce, que reúne 1,5 mil produtores de leite, é de que a produção média de 2,5 milhões de litros de leite por dia tenha tido uma retração em torno de 10%, com os produtores deixando de produzir algo próximo de 250 mil litros de leite por dia.
“Em média, a produção de leite na região está cerca de 10% menor. O problema é que essa queda, na maior parte, é de ribeirinhos, que dependem do rio Doce para o gado beber água e fazer a captação para a irrigação do sorgo e milho, os principais alimentos do rebanho”, afirma o presidente da Cooperativa Guilherme Olinto Resende.
“Alguns simplesmente pararam de tirar o leite. Perderam tudo”, afirma Resende. O produtor explica que ainda não há um balanço do número de animais que morreram na tragédia. “Não foram muitos animais mortos. Mas, agora que a flora e a fauna do rio acabaram, como será o futuro">var Collection = { "path" : "commons.uol.com.br/monaco/export/api.uol.com.br/collection/noticias/cotidiano/data.json", "channel" : "cotidiano", "central" : "noticias", "titulo" : "Cotidiano", "search" : {"tags":"11229"} };