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PCC recrutava mulheres para despistar ações contra o tráfico na Cracolândia

Herculano Barreto Filho

Do UOL, em São Paulo

16/08/2021 04h00Atualizada em 16/08/2021 13h22

O PCC (Primeiro Comando da Capital) recrutava mulheres para tentar despistar as ações de combate ao tráfico na Cracolândia, como é chamada a feira livre de drogas na região central de São Paulo.

Uma investigação de seis meses da Polícia Civil mapeou as ações da facção criminosa em uma das áreas mais lucrativas de atuação do crime organizado, capaz de gerar um lucro de cerca de R$ 200 milhões por ano. Vídeos obtidos pelo UOL que fazem parte da investigação registraram a presença de mulheres de perfis variados e em funções de liderança na hierarquia do crime.

Oito mulheres foram presas nos últimos dois meses pela Operação Caronte, responsável pelo monitoramento do tráfico de drogas com base em vídeos obtidos pelos policiais.

Detida há três semanas, Lorraine Bauer Romeiro, a influenciadora digital de 19 anos conhecida como a "gatinha da Cracolândia", veio de uma família de classe média alta de Barueri, região metropolitana de São Paulo, para istrar a venda de entorpecentes em uma das tendas na feira livre das drogas, segundo a Polícia Civil. Para os investigadores, o negócio era rentável, com lucro de até R$ 6.000 por dia.

Mulheres do PCC na Cracolândia - Arte/UOL - Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

Presa nesta sexta-feira (13), Daniela Alves dos Santos, 29, é suspeita de receber dinheiro de um dos chefões do PCC na região. O nome dele vem sendo mantido em sigilo, para não atrapalhar as investigações.

Natália Soares dos Santos, de 25 anos, foi presa no dia 24 de junho quando tentava, segundo a polícia, fugir para Curitiba (PR) com o companheiro e comparsa Elias Oliveira Santos em um carro de luxo. Com eles, os agentes encontraram uma pequena quantidade de maconha e mais de R$ 67 mil em dinheiro vivo.

Mulheres do PCC na Cracolândia 2 - Arte/UOL - Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

Mas nem todas as mulheres identificadas pela investigação circulam sem despertar suspeitas por serem jovens e bem vestidas. A polícia identificou na Cracolândia a atuação de mulheres mais velhas.

É o caso, por exemplo, de Paula Pimentel Sampaio, de 53 anos, presa desde 13 de junho após ser encontrada em uma área invadida com dois tijolos de crack, balança de precisão, máquina para pagamentos em cartão e facas.

Há um número expressivo de mulheres ligadas ao tráfico na Cracolândia em funções inclusive de liderança naquele local. Os perfis são variados. Nós identificamos jovens como a Lorraine, que ficou conhecida como a 'gatinha da Cracolândia', e até idosas. Elas têm importância significativa, o que é até surpreendente. Porque não é comum a figura feminina tão em evidência em áreas dominadas pelo crime organizado. O tráfico ou a recrutar mulheres porque elas chamam menos a atenção das forças policiais"
Delegado Roberto Monteiro, da Delegacia Seccional Centro

O tráfico de drogas levou a maioria das mulheres à prisão em São Paulo. Os números da Secretaria Estadual da istração Penitenciária mostram que neste ano 59,19% da população carcerária feminina estavam presas porque cometeram esse tipo de crime no estado. Outras 13,89% foram presas por roubo; 8,42% por homicídio e 5,87% por furto.

Drogas e maços de dinheiro

Os vídeos anexados à investigação obtidos pelo UOL mostram um cenário de intensa movimentação de dependentes químicos e demonstram a importância das mulheres nas bancas improvisadas na Cracolândia.

Presa na terça-feira ada (10) em uma ocupação ilegal no bairro Liberdade, região central de São Paulo, Talita Gomes Félix, 35, aparece sentada em uma das tendas da feira de entorpecentes. Ela conversa com um homem, enquanto segura um maço de dinheiro na mão esquerda. Em outro registro, organiza as drogas em cima da mesa.

Talita atuava na tenda que pertencia a Natália e Elias, também flagrados nas imagens. De braços cruzados, Talita observa a movimentação na feira livre do tráfico enquanto Natália manuseia um maço de dinheiro.

Onde a droga é armazenada

O espaço é delimitado por lençóis estendidos nas laterais, como se fossem paredes. Na mesa, os traficantes manuseiam drogas e dinheiro em meio a uma grande circulação de pessoas.

Os dependentes químicos respeitam as regras do local: só recebem os entorpecentes das mãos dos traficantes, que pesam o "produto" em balanças de precisão.

As drogas costumam ficar guardadas nos fundos das barracas em sacolas ou mochilas, monitoradas de perto pelos responsáveis pela segurança. Os hotéis clandestinos nas imediações também servem para armazenar os produtos.

Os policiais fizeram um vídeo em um desses locais após localizar a mochila de Lorraine Romeiro, a "gatinha da Cracolândia. "Maconha, pó. [Material] pra fazer a barraca, [material] pra embalar [a droga]", narra um dos agentes.

O UOL não localizou os representantes das mulheres presas citadas na reportagem para que se manifestassem.