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Menino indígena morre após brincar em garimpo; outro está desaparecido

Impacto do garimpo no rio Parima, em terra indígena dos Yanomami, em dezembro de 2020 - Acervo ISA/Acervo ISA
Impacto do garimpo no rio Parima, em terra indígena dos Yanomami, em dezembro de 2020 Imagem: Acervo ISA/Acervo ISA

Do UOL, em São Paulo

13/10/2021 20h36Atualizada em 14/10/2021 19h57

Um menino indígena de 5 anos foi encontrado morto em Roraima após ser levado pela correnteza enquanto brincava nas margens do rio Parima. O garoto e um primo, de 7 anos, estavam próximos da comunidade indígena Yanomami onde moravam.

Um garimpo funciona na área do incidente e, segundo o Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kwana (Condisi-YY), as duas crianças foram surpreendidas pelo funcionamento de um maquinário conhecido como "draga", uma embarcação que remove solo, rochas e lodo do fundo de rios ou portos. O impulso causado pelo equipamento na água fez com que as vítimas, que estavam na parte rasa, acabassem puxadas pela correnteza.

O menino mais velho ainda está desaparecido. Já o corpo do mais novo foi encontrado após uma operação de resgate feita pelos próprios indígenas ao longo do rio. As informações foram readas pela comunidade ao presidente do Considi-YY, Júnior Hekurari Yanomami, ainda na manhã de ontem, horas depois do desaparecimento.

Na tarde de hoje, o Corpo de Bombeiros Militar de Roraima chegou ao local para apoiar a comunidade na busca pelo segundo menino.

"A situação exposta é gravíssima e deixa explícito a negligência do governo com os Povos Yanomami que vivem à mercê dos invasores", declarou o Condisi-YY em nota ao UOL.

A Funai (Fundação Nacional do Índio) informou em nota que "acompanha o caso junto aos órgãos de saúde e segurança pública competentes e está à disposição para colaborar como trabalho das autoridades".

Em nota enviada ao UOL, a Fundação, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, afirmou ainda que atua em ações de fiscalização e monitoramento em Terras Indígenas de todo o país, por meio de suas unidades descentralizadas, e em parceria junto a órgãos ambientais e de segurança pública competentes.

Já o Corpo de Bombeiros Militar de Roraima declarou que enviou uma equipe de 4 bombeiros militares para realizar as buscas pelas duas crianças indígenas. Eles chegaram ao local do incidente às 16h30 de quarta-feira (13) mas, devido à distância e dificuldade de o, "ficaram aguardando a disponibilização de uma aeronave pela autoridade indígena solicitante, o que só ocorreu no final da tarde", disse o comunicado enviado à reportagem pela corporação.

Garimpos ilegais ameaçam até comunidade Yanomami isolada

A existência de garimpos ilegais em áreas de terra Yanomami é antiga no estado de Roraima. Documentos e imagens inéditas obtidos pela Agência Pública e publicados em setembro deste ano mostraram a presença do garimpo a apenas 12 km dos únicos indígenas em isolamento voluntário confirmados no território Yanomami pela Funai (Fundação Nacional do Índio).

Também há um segundo ramal garimpeiro, maior, a 42 km dos indígenas isolados. As informações foram checadas a pedido da reportagem pelo analista Heron Martins, do CCCA (Center for Climate Crime Analysis).

As imagens mostram ainda as cicatrizes na floresta, frutos da exploração ilegal de ouro na região.

Lucca**, uma fonte próxima à Funai, afirma que o órgão indigenista tem conhecimento da proximidade desse ramal garimpeiro pelo menos desde março do ano ado, quando um relatório de monitoramento comunicou à Funai em Brasília.

Ele conta ainda que outros sobrevoos posteriores a março de 2020 foram realizados pelo órgão para monitoramento dos isolados — um deles, em 2021. Segundo seu relato, os relatórios com os alertas da presença garimpeira, no entanto, não implicaram nenhuma ação para desmantelar o garimpo próximo aos moxihatëtëmas. "Vão matar uma comunidade inteira que não foi contatada e Brasília [Funai] está fazendo de conta que não vê", afirma.

No primeiro semestre, um tiroteio entre garimpeiros nas terras indígenas também ganhou projeção nacional.

Um vídeo obtido pelas organizações indígenas mostra o momento de um tiroteio em uma aldeia na região do Palimiú, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Segundo os indígenas, os disparos partiram de um grupo de garimpeiros que ava pelo rio Uraricoera, relatou o colunista do UOL Rubens Valente, em maio deste ano.

A gravação mostra a embarcação, um tipo de lancha pequena apelidada como "voadeira", ando em frente a uma aldeia com várias mulheres e crianças e, em seguida, sons de tiros. As mulheres e crianças correm, em meio aos estampidos. Segundo as organizações indígenas dos ianomâmis e um relatório da Funai (Fundação Nacional do Índio), cinco pessoas ficaram feridas: um indígena e quatro garimpeiros.

Em 27 de abril, os indígenas haviam apreendido uma embarcação com garimpeiros e combustível na mesma região. Em retaliação, um outro grupo também fez disparos contra os nativos, segundo denúncia formulada pela coordenação da Hutukara Associação Yanomami.

O garimpo é ilegal em toda a Terra Indígena Yanomami. As lideranças indígenas já pediram várias vezes ao governo Bolsonaro a retirada imediata de mais de 20 mil garimpeiros.