Filhos podem ter escondido corpo do pai em decomposição por até 2 anos
Colaboração para o UOL, em São Paulo
04/06/2025 18h15
O corpo do idoso de 88 anos encontrado em uma casa na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, no mês ado, pode ter sido mantido na casa pelos filhos por cerca de dois anos.
O que aconteceu
Dario Antonio Raffaele D'Ottavio morreu entre seis meses e dois anos. O tempo estimado da morte do idoso consta no laudo do IML (Instituto Médico Legal) entregue à Polícia Civil do Rio, que apura as circunstâncias da morte e a manutenção do corpo na casa por tanto tempo.
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Corpo de Dario estava em estado avançado de decomposição. O laudo do IML não precisou a causa da morte do idoso, classificada como "indeterminada", mas destacou que não foram encontradas lesões traumáticas no cadáver.
Polícia não descarta hipótese de que ele tenha morrido de causas naturais. O laudo elaborado pelo IML corrobora versão das testemunhas, que disseram não ver o idoso há cerca de dois anos.
Filhos foram presos no mês ado por ocultação de cadáver, resistência e lesão corporal. Marcelo Marchese D'Ottavio está internado no Hospital Psiquiátrico Philippe Pinel, enquanto a irmã dele, Tânia Conceição Marchesse D'Ottavio, está sob custódia da Secretaria de Estado de istração Penitenciária do Rio. Os dois devem ar por exame de sanidade mental.
Relembre o caso
Corpo do idoso foi encontrado no mês ado. Dário Antonio Raffaele D'Ottavio já estava em estado de 'esqueletização' na cama de um cômodo na casa onde a família vivia.
Vizinhos estranham o sumiço do homem, que não era visto há muito tempo. Após denúncia, os policiais da 37ª DP foram à residência para cumprir um mandado de busca e apreensão, e encontraram o corpo em estágio final de decomposição. Segundo o boletim de ocorrência, o filho do idoso apresentou comportamento agressivo, agitado e alterado.
Polícia Civil do Rio classificou o caso como ''macabro''. A principal linha de investigação é de que os filhos tenham mantido o corpo oculto para continuar recebendo benefícios financeiros do pai idoso.
Justiça do Rio manteve privação de liberdade dos filhos. A defesa de Tânia e Marcelo havia solicitado a liberdade deles até a conclusão do caso, mas a Justiça negou.