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Bolsonaro distorce decreto de Lula durante discurso homofóbico em igreja

Do UOL, em São Paulo

23/10/2022 12h33Atualizada em 23/10/2022 18h59

Com ares de comício no altar da sede da Igreja Mundial do Poder de Deus, em São Paulo, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), realizou um discurso homofóbico para sugerir que é o melhor candidato no segundo turno. Ele distorceu um decreto de combate a desigualdade de gênero de 2009, publicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e emendou que enxerga no documento a destruição da família.

"Entre outras propostas [do decreto], lá estava claramente buscar a desconstrução da heteronormatividade. Ou seja, destruição da família."

Bolsonaro pediu para os fiéis pesquisarem no Google para ler o PNDH3 (Programa Nacional de Direitos Humanos). O decreto lista medidas de combate à desigualdade de gênero e raça e à LGBTfobia.

O termo heteronormatividade aparece uma vez no documento, no objetivo estratégico V: "Garantia do respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero".

Bolsonaro associa o programa de forma distorcida ao que costuma chamar de "ideologia de gênero". A expressão, no entanto, não é citada no texto do decreto. Entre especialistas em estudos de gênero, essa linha de pensamento nem sequer existe.

"O outro lado perverte as nossas crianças. Não tem respeito com as criancinhas. Isso está no decreto de 2009. Quem era o presidente em 2009? Acho que todo mundo sabe quem era", afirmou hoje.

O decreto entrou em vigência em 2009 e nunca foi alterado, nem mesmo durante os quatro anos de mandato de Bolsonaro, apesar das críticas que ele costuma fazer.

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Mulher chora enquanto Bolsonaro fala no altar
Imagem: Felipe Pereira/UOL

Comício em cima do altar. Bolsonaro falou aos fiéis da Igreja Mundial durante meia hora. Neste período, promoveu o seu governo de várias formas. Mencionou que o Auxílio Brasil paga mais do que o Bolsa Família, fez autoelogios à forma como geriu a Petrobras e declarou que não houve corrupção —embora seu ex-ministro da Educação Milton Ribeiro tenha sido preso pela Polícia Federal.

O presidente também citou a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e a senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF), ambas muito identificadas com os evangélicos. Bolsonaro voltou a sugerir que uma vitória da esquerda pode levar ao fechamento de igrejas e à descriminalização das drogas.

Ele não pediu votos de forma direta, mas enumerou críticas a Lula e ao PT antes de dizer: "No momento, nós não podemos errar de novo".

O candidato do PL também colocou em prática a estratégia de itir que muitas vezes erra na forma de se expressar. "Falo palavrão, mas não sou ladrão."

Bolsonaro usou a nomeação do ministro André Mendonça ao STF (Supremo Tribunal Federal) para dizer que defende os interesses religiosos. Declarou que escolheu o jurista para a mais alta Corte do país porque ele é "terrivelmente evangélico".

Valdemiro joga confetes para Bolsonaro. Líder da Igreja Mundial, o pastor Valdemiro Santiago falou antes do presidente e fez um discurso cheio de elogios. Logo no começo, pediu um bom dia especial para o visitante. Na sequência, disse que quando procurou Lula não foi recebido, mas Bolsonaro é um "presidente diferente".

Valdemiro alternou seu discurso entre críticas aos governos petistas e elogios a Bolsonaro. Em um momento, disse que a missão do pastor é levar o rebanho ao "pasto verdejante" e apontou qualidades no atual presidente.

Pastor teve 15 condenações em um mês. Ex-bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, o apostolo Valdemiro Santiago fundou a Igreja Mundial do Poder de Deus em 1998 na cidade de Sorocaba. No site da instituição consta que são mais de 6 mil templos no Brasil e exterior.

Mas em maio deste ano o colunista do UOL Rogério Gentile revelou que no intervalo de 30 dias Valdemiro foi condenado 15 vezes pela Justiça de São Paulo. As sentenças foram dadas por causa de dívidas com proprietários de imóveis alugados pela Igreja Mundial para servir como templo, casa de pastores e estacionamento. O valor dos débitos ultraa os R$ 2,5 milhões.

Os últimos anos têm sido marcados por escândalos, perdas de processos e penhoras de bem. Em agosto de 2021, Valdemiro foi acusado de ter recebido uma "cifra milionária" da própria igreja. O juiz Mário Roberto Negreiros Velloso afirmou que o líder religioso embolsou mais de R$ 1,2 milhão no último ano.

"Há fortes indícios de que a igreja esteja transferindo seu patrimônio a Valdemiro", frisou.

Entre as situações enfrentadas, agora mais recentes, em abril deste ano, o juiz Luiz Fernando Guerra decidiu colocar para leilão o templo da igreja localizado no bairro Santo Amaro, na zona Sul de São Paulo. O motivo? Dívida de R$ 409,8 mil.

Igreja enfeitada de bolsonarismo. O culto da Igreja Mundial teve ares de comício tamanha a quantidade de elementos associados a Bolsonaro.

No centro do altar havia uma bandeira do Brasil. À esquerda estava escrito "pátria amada", as duas primeiras palavras do slogan do governo federal.

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Igreja Mundia foi decorada de bolsonarismo para receber o presidente e candidato à reeleição
Imagem: Felipe Pereira/UOL

No lado direito da bandeira, aparecia a frase "feliz a nação cujo o Deus é o Senhor". Esta é uma das afirmações que o presidente repete em seus discursos em igrejas e encontros com lideranças evangélicas.

E havia muitos fiéis para ouvir as palavras de Bolsonaro. A sede da igreja Mundial tem as dimensões de um barracão industrial e faltou lugar para todos se sentarem. Nas ruas próximas havia dezenas de vans estacionadas, de onde saíam pessoas vestidas de verde e amarelo.