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França, socialismo, Amazônia: as polêmicas de Bolsonaro na ONU

Ana Carla Bermúdez

Do UOL, em São Paulo

24/09/2019 12h38Atualizada em 24/09/2019 14h54

Resumo da notícia

  • Bolsonaro fez duras críticas aos governos do PT
  • Tambéma atacou Cuba e o "Mais Médicos"
  • Ao falar de Amazônia, deu indiretas a Macron
  • Para ele, floresta "permanece intocada"

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) usou seu discurso na manhã de hoje na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, para fazer ataques ao socialismo, a Cuba e a Venezuela e mandar indiretas a líderes europeus como o presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

Bolsonaro ainda criticou o que classificou de "ataques sensacionalistas da mídia estrangeira", disse ter "compromisso solene" com a preservação do meio ambiente e afirmou que a Amazônia está "praticamente intocada", o que não é verdade. Também declarou ser uma "falácia" a afirmação de que a Amazônia é patrimônio da humanidade.

A previsão era que o discurso de Bolsonaro, que se recupera de cirurgia, durasse 20 minutos, mas ele falou ininterruptamente por 31 minutos.

Veja, abaixo, os principais pontos do discurso e as polêmicas envolvidas em cada um deles.

Ataques ao socialismo

Com duras críticas aos governos do PT, Bolsonaro associou os anos em que o partido esteve no poder ao que classificou como uma proximidade do socialismo.

  • "Apresento aos senhores um novo Brasil, que ressurge depois de estar à beira do socialismo. Um Brasil que está sendo reconstruído a partir dos anseios e dos ideais de seu povo"
  • "Meu país esteve muito próximo do socialismo, o que nos colocou numa situação de corrupção generalizada, grave recessão econômica, altas taxas de criminalidade e de ataques ininterruptos aos valores familiares e religiosos que formam nossas tradições"

Ataques a Cuba

  • "Em 2013, um acordo entre o governo petista e a ditadura cubana trouxe ao Brasil 10 mil médicos sem nenhuma comprovação profissional. Foram impedidos de trazer cônjuges e filhos, tiveram 75% de seus salários confiscados pelo regime e foram impedidos de usufruir de direitos fundamentais, como o de ir e vir. Um verdadeiro trabalho escravo, acreditem. Respaldado por entidades de direitos humanos do Brasil e da ONU"

O Mais Médicos foi criado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) com a intenção de ampliar a presença de médicos no interior do Brasil. O programa, de fato, dispensava a revalidação de diplomas no Brasil para médicos estrangeiros.

No ano ado, cerca de 8 mil médicos cubanos ocupavam as vagas do programa, pouco antes de Cuba anunciar sua saída. Outras 6 mil eram ocupadas por brasileiros (formados dentro e fora do país).

Os cubanos do Mais Médicos eram convocados por meio de um acordo internacional com a Opas (Organização Panamericana da Saúde), que era responsável por receber o valor dos salários dos profissionais. Com isso, Cuba pagava cerca de um quarto aos médicos e retinha o restante.

Indiretas a Macron

Ao defender a soberania do país, Bolsonaro direcionou críticas ao presidente da França, Emmanuel Macron, mesmo sem nomeá-lo.

  • "Problemas [para preservar o meio ambiente] qualquer país os tem. Contudo, os ataques sensacionalistas que sofremos por grande parte da mídia internacional devido aos focos de incêndio na Amazônia despertaram nosso sentimento patriótico"
  • "É uma falácia dizer que a Amazônia é patrimônio da humanidade e um equívoco, como atestam os cientistas, afirmar que a nossa floresta é o pulmão do mundo"
  • "Valendo-se dessas falácias, um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa, com espírito colonialista".

O presidente francês se tornou uma das vozes mais críticas à política ambiental do governo Bolsonaro -desde então, os dois vêm protagonizando duros embates.

A fala de que a Amazônia é o pulmão do mundo, citada por Bolsonaro, foi publicada por Macron em seu Twitter.

Defesa da soberania brasileira e da Amazônia

Bolsonaro rebateu críticas e cobranças de lideranças mundiais sobre a política ambiental do Brasil com o argumento de que a soberania brasileira deve ser protegida.
  • "Nossa Amazônia é maior que toda a Europa Ocidental e permanece praticamente intocada"
Apesar da fala de Bolsonaro, ao longo da história, o Brasil já desmatou 20% da Floresta Amazônica, segundo relatório da Procuradoria do Meio Ambiente do Ministério Público Federal.

  • "Quero reafirmar minha posição de que qualquer iniciativa de ajuda ou apoio à preservação da Floresta Amazônica, ou de outros biomas, deve ser tratada em pleno respeito à soberania brasileira"
  • "Ela [Amazônia] não está sendo devastada e nem consumida pelo fogo, como diz mentirosamente a mídia. Cada um de vocês pode comprovar o que estou falando agora"
  • "Não estamos aqui para apagar nacionalidades e soberanias em nome de um "interesse global" abstrato"

Dados de diferentes órgãos e entidades apontam para um aumento no número de queimadas na Amazônia pelo menos desde junho deste ano. Em agosto, produtores rurais do Pará organizaram o "dia do fogo", quando incendiaram, em conjunto, áreas da Amazônia.

No mesmo mês, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o desmatamento na Amazônia aumentou 222% em comparação com o mesmo período no ano ado.

Aceno a Moro

Após um período conturbado nas relações entre Bolsonaro e Sergio Moro, no mês ado, o presidente volta a enaltecer seu ministro de maior popularidade.

Crítico contumaz do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro lembrou, ainda, que foi Moro o juiz responsável por julgar e mandar prender o petista. Hoje ministro, Moro era o juiz responsável pelos casos da Operação Lava Jato em primeira instância.

  • "Há pouco, presidentes socialistas que me antecederam desviaram centenas de bilhões de dólares comprando parte da mídia e do parlamento, tudo por um projeto de poder absoluto. Foram julgados e punidos graças ao patriotismo, perseverança e coragem de um juiz que é símbolo no meu país, o Dr. Sergio Moro, nosso atual Ministro da Justiça e Segurança Pública"
A fala de Bolsonaro acontece em um cenário de incertezas para a Lava Jato, já que o STF (Supremo Tribunal Federal) deve analisar amanhã uma tese que pode anular condenações impostas pela operação.

Reservas indígenas

Bolsonaro declarou que, em seu governo, não irá aumentar a demarcação de terras indígenas, "como alguns chefes de Estado gostariam que acontecesse". Mas a demarcação de terras indígenas está estacionada desde 2016, quando a presidente ainda era Dilma Rousseff (PT), de acordo com dados da Funai (Fundação Nacional do Índio).
  • "Hoje, 14% do território brasileiro está demarcado como terra indígena, mas é preciso entender que nossos nativos são seres humanos, exatamente como qualquer um de nós. Eles querem e merecem usufruir dos mesmos direitos de que todos nós. Quero deixar claro: o Brasil não vai aumentar para 20% sua área já demarcada como terra indígena, como alguns chefes de Estados gostariam que acontecesse"
Na fala, Bolsonaro criticou também o cacique Raoni, que se encontrou recentemente com Macron. O líder indígena é conhecido por sua luta contra o desmatamento da Amazônia.
  • "A visão de um líder indígena não representa a de todos os índios brasileiros. Muitas vezes alguns desses líderes, como o cacique Raoni, são usados como peça de manobra por governos estrangeiros na sua guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia"

Veja a íntegra do polêmico discurso de Bolsonaro na ONU

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