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Grito por liberdade e renúncia de Díaz-Canel: entenda os protestos em Cuba

Crise se tornou tão insustentável que nem a lei, nem o medo foram capazes de conter os protestos em Cuba - Joe Raedle/Getty Images
Crise se tornou tão insustentável que nem a lei, nem o medo foram capazes de conter os protestos em Cuba Imagem: Joe Raedle/Getty Images

Anaís Motta

Do UOL*, em São Paulo

13/07/2021 04h00Atualizada em 13/07/2021 07h12

O último domingo (11) foi histórico para Cuba. Aos gritos de "liberdade" e "abaixo a ditadura", manifestantes em todo o país foram às ruas para protestar contra o regime do presidente Miguel Díaz-Canel — algo inédito na ilha, comandada pelo Partido Comunista há décadas. A crise se tornou tão insustentável que nem a proibição da realização de atos foi capaz de conter a população.

Uma multidão ocupou as ruas da capital Havana, e muitos participavam de um protesto pela primeira vez na vida. À RFI, uma manifestante disse que a população está "farta" da crise econômica, da fome e da pandemia de covid-19 — o que, aliado ao "desejo de liberdade" e de renúncia de Díaz-Canel, motivou as pessoas a irem às ruas, apesar do medo da repressão.

"Os cubanos não aguentam mais!", reforçou.

Queremos manifestar de maneira pacífica por nossa liberdade, mas a polícia reprime todo mundo que ousa protestar. (...) É a primeira vez que nos manifestamos e não será a última.
Manifestante cubano, à RFI

As manifestações acontecem em um momento de forte crise em Cuba, que sofre com a escassez de medicamentos e produtos básicos, além de ar pela terceira — e pior — onda da pandemia até então. Com pouco mais de 11,3 milhões de habitantes, a ilha soma 244.914 casos confirmados e 1.579 mortes pelo coronavírus, segundo balanço da Universidade Johns Hopkins.

Aliada, internet foi cortada

De acordo com estimativas do Inventario, um projeto independente que busca facilitar o o a dados públicos sobre Cuba, cerca de 40 manifestações foram realizadas em todo o país no domingo, e a maioria delas foi transmitida ao vivo nas redes sociais.

A internet móvel só chegou a Cuba no final de 2018, e hoje viabiliza um espaço importante para as reivindicações da sociedade civil. Por isso, o o à rede foi interrompido em grande parte do território já na tarde de domingo, como forma de evitar a mobilização da população para novos protestos.

"Confirmado: redes sociais e plataformas de mensagens foram restringidas em Cuba a partir desta segunda-feira no provedor de internet estatal ETECSA; dados de rede em tempo real corroboram relatórios de interrupções no sinal de internet em meio a protestos antigovernamentais cada vez maiores", anunciou a NetBlocks, que monitora a internet livre pelo mundo.

Repressão policial

As redes sociais também se tornaram uma ferramenta para registrar e divulgar os protestos, mas não são suficientes para inibir a repressão da polícia. "O problema é que muitos policiais estão à paisana, infiltrados na manifestação. Veja como eles batem nas pessoas", apontou um participante à RFI.

Houve tumultos principalmente em Havana, onde as forças de segurança usaram gás lacrimogêneo, tiros para o alto e cacetetes para assustar e agredir os manifestantes. Vários carros da polícia foram depredados, e dezenas de cubanos foram detidos.

A ONG (Organização Não Governamental) Cubalex, que se dedica à defesa dos direitos humanos em Cuba, organizou uma lista com todas as pessoas detidas nos últimos dois dias no país. Até a última atualização desta reportagem, o balanço trazia 127 nomes.

Acabei de sair de uma fila por alimentos. Aqui, nós temos fome e há muita carência. Basta de repressão e de fome! (...) Sempre nos calamos, nunca dizíamos nada, mas agora basta. As pessoas não aguentam mais!
Manifestante cubana, à RFI

Díaz-Canel se pronuncia

Díaz-Canel - Mikhail Svetlov/Getty Images - Mikhail Svetlov/Getty Images
Imagem: Mikhail Svetlov/Getty Images

Na segunda-feira (12), o presidente Miguel Díaz-Canel classificou os protestos da véspera como uma tentativa de desacreditar o regime e a Revolução Comunista. Acompanhado de membros da gestão e da cúpula do Partido Comunista, ele garantiu, durante pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, que as manifestações buscavam "quebrar a unidade de nossa população".

Díaz-Canel indicou que o discurso foi uma iniciativa pensada há dias para "oferecer informação ao povo" sobre a situação de Cuba, que atravessa uma grave crise econômica, com escassez de alimentos e medicamentos, além de interrupções no fornecimento de energia. No interior, por exemplo, algumas regiões estão há semanas sem luz.

Depois, em uma rede social, ele sugeriu que a repressão aos protestos "contrarrevolucionários" — ou seja, contra o governo — vai continuar.

"A Revolução Cubana não vai oferecer a outra face àqueles que a atacam em espaços virtuais e reais. Evitaremos a violência revolucionária, mas vamos reprimir a violência contrarrevolucionária. Quem ataca os agentes da ordem ataca o país. #SomosCuba", escreveu o presidente.

Cuba culpa "asfixia" dos EUA

Cuba atribuiu os protestos contra o regime ditatorial à "asfixia econômica" dos Estados Unidos e a campanhas de contrarrevolucionários com financiamento americano nas redes sociais. De fato, as sanções dos EUA sobre a ilha foram endurecidas no governo do ex-presidente Donald Trump, o que intensificou ainda mais a escassez de alimentos e remédios, assim como os apagões.

Em 2021, ao assumir a presidência dos EUA, Joe Biden chegou a ordenar uma revisão da política sobre Cuba, mas a Casa Branca reforçou não ter pressa e que a questão "não está atualmente entre as principais prioridades do presidente". Na segunda, Biden divulgou um comunicado expressando sua solidariedade ao povo cubano.

"Estamos ao lado do povo cubano enquanto ele corajosamente reafirma seus direitos fundamentais e universais, e enquanto todos clamam por liberdade e alívio das trágicas garras da pandemia e das décadas de repressão e sofrimento econômico", escreveu o democrata.

Os EUA pedem ao regime cubano que, em vez de enriquecer, ouça seu povo e atenda a suas necessidades neste momento vital.
Joe Biden, presidente dos EUA

(*Com AFP, EFE, Reuters e RFI)