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Israel 'impedirá' barco humanitário com Greta e brasileiro de chegar a Gaza

Greta Thunberg embarca em navio com ajuda humanitária para Gaza Imagem: Reprodução/Instagram

08/06/2025 12h40Atualizada em 08/06/2025 12h40

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse hoje que as forças de segurança do país impedirão um veleiro da missão de ajuda humanitária internacional Flotilha da Liberdade — que leva a bordo ativistas voluntários como a sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila — de chegar a Gaza.

Por volta de 11h30 de hoje (horário de Brasília), uma postagem na página oficial da missão informava que o barco, chamado Madleen, estava a 160 milhas náuticas (cerca de 300 quilômetros) de Gaza. O aporte do veleiro está previsto para amanhã.

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O que aconteceu

Katz afirmou, em comunicado divulgado por seu gabinete, que o Estado de Israel não permitirá que ninguém viole o bloqueio marítimo de Gaza. O principal objetivo do bloqueio, segundo ele, é impedir a entrega de armas ao grupo terrorista Hamas.

Dei instruções ao Exército para impedir a chegada do 'Madleen' a Gaza. A Greta, a antissemita, e aos seus companheiros, porta-vozes da propaganda do Hamas, digo claramente: voltem, porque não chegarão a Gaza.
Israel Katz, ministro da Defesa de Israel

A missão Flotilha da Liberdade diz que o barco Madleen está levando 12 ativistas de vários países, remédios e alimentos para a população de Gaza. Esta é mais uma tentativa internacional de furar o cerco de Israel e entregar ajuda humanitária aos palestinos.

Com as recentes declarações, esperamos um ataque e interceptação de Israel a qualquer momento. [...] Reiteramos que Madleen é uma embarcação civil navegando por águas internacionais, carregando defensores dos direitos humanos e ajuda humanitária para Gaza e não tem nenhuma filiação com governos ou grupos políticos.
Comunicado da Flotilha da Liberdade no Instagram

Desde 2 de março, quando Israel bloqueou por 78 horas a entrada de alimentos e medicamentos à população de Gaza, organizações internacionais tentam encontrar formas de ajudar os mais de 2,3 milhões de palestinos que vivem na região. A ajuda existente atualmente é comandada pela FHG (Fundação Humanitária de Gaza), uma organização apoiada por Israel e pelos Estados Unidos que vem sofrendo muitas críticas internacionais pela falta de transparência.

Crianças palestinas aguardam por comida em um ponto de distribuição em Nuseirat, centro da Faixa de Gaza Imagem: Eyad Baba / AFP

Expedição anterior já resultou em mortes

A atual expedição com o barco Madleen é a segunda da Flotilha da Liberdade neste ano a tentar alcançar Gaza. No mês ado, o barco Conscience foi bombardeado por drones israelenses na costa de Malta, pouco antes de zarpar com um grupo de ativistas e ajuda humanitária para Gaza.

A Flotilha da Liberdade foi criada em 2008 pelo grupo internacional de ativistas pró-Palestina Free Gaza. A Flotilha ganhou projeção internacional dois anos depois, quando o seu navio Mavi Marmara, com cerca de 600 pessoas a bordo, foi atacado por forças de Israel no Mar Mediterrâneo em uma operação que resultou em nove mortos.

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