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Raízes finas e difícil o: será quase impossível tirar óleo de mangues

Óleo invade manguezal no Rio Pojuca, em Praia do Forte, na Bahia, e mata caranguejos - Pedro Accioly/Divulgação
Óleo invade manguezal no Rio Pojuca, em Praia do Forte, na Bahia, e mata caranguejos Imagem: Pedro Accioly/Divulgação

Aliny Gama e Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

24/10/2019 04h01

Resumo da notícia

  • Óleo de origem desconhecida afeta Nordeste há quase 2 meses
  • Biólogos dizem que manguezais sofrerão ainda mais do que outros ecossistemas
  • Locais são de difícil o e limpeza

Caracterizados pelas raízes fininhas e solo instável, os manguezais são lar de uma vasta diversidade biológica e candidatos ao posto de ecossistema mais castigado pelo óleo que vaza no Nordeste há quase dois meses.

Isso por que a complexidade dessa vegetação e do ambiente torna praticamente impossível o trabalho de retirada da substância tóxica, que tende a se acumular e potencializar a catástrofe pelos próximos anos, dizem biólogos ouvidos pela reportagem.

"É muito difícil limpar o mangue. Ele é, talvez, o ecossistema mais vulnerável, pois não existe protocolo no mundo para retirar [a contaminação]. De suas raízes, não se consegue tirar [o óleo], pois o óleo quando chega à lama acaba afundando e contaminando tudo", diz Clemente Coelho, doutor em oceanografia biológica e professor da Universidade Estadual de Pernambuco.

Semana ada, manguezais nas praias de São José da Coroa Grande, Tamandaré e Rio Formoso, em Pernambuco, receberam despejos de óleo que ainda não puderam ser retirados pelos voluntários devido à complexidade da área.

Mangue - Pedro Accioly/Divulgação - Pedro Accioly/Divulgação
Manguezal contaminado por óleo terá dificuldades para ser limpo
Imagem: Pedro Accioly/Divulgação
O derramamento de óleo nas praias nordestinas é considerado o maior acidente ambiental do país, pela duração, pela extensão e pelo ineditismo do problema. São 2.250 quilômetros de costa afetada, da Bahia até o Maranhão. Até agora, não se sabe a origem do derramamento de óleo. A Marinha e a Polícia Federal investigam o caso.

Maior unidade de conservação marinha em risco

Os manguezais das praias atingidas pelas manchas ficam na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais, a maior unidade de conservação federal marinha costeira do Brasil. O local fica entre Pernambuco e Alagoas e tem mais de 400 mil hectares de área, além de 120 quilômetros de praia e mangues.

O biólogo Coelho diz que a gravidade do acidente se amplia pelo fato de o mangue ser "berçário" da vida marinha — ou seja, o ambiente onde muitas espécies, inclusive diversas de grande importância econômica, se reproduzem.

"O óleo poderá sufocar e matar árvores de mangue, utilizadas por bichos, que também são afetados. O mínimo que vai ocorrer é a morte da planta e do animal. No ser humano, pode causar irritação da pele, sérios problemas em tecidos de órgãos, no sistema nervoso, e até câncer", afirma o pesquisador.

Além disso, ele destaca, o mangue é um filtro biológico, explica Coelho, central num ecossistema que sequestra carbono da atmosfera — um dos conceitos de ecologia mais atuais.

"São chamados serviços ecossistêmicos. Quando ele não consegue realizar [suas funções], fica imprestável, gasta muita energia para sobreviver e acaba prejudicando toda a cadeia", diz Coelho.

Para Ronaldo Christofoletti, professor do Instituto do Mar da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, o dano ambiental nesse tipo de vegetação é ainda maior por suas características.

Mangue 2 - Pedro Accioly/Divulgação - Pedro Accioly/Divulgação
Voluntários tentam limpar manguezal afetado por óleo
Imagem: Pedro Accioly/Divulgação
"Em áreas estuarinas e manguezais, esse impacto vai ser ainda maior pela complexidade ambiental de um manguezal, que tem segmentos muito finos e raízes que tornam sua superfície muito mais rugosa. Vai ser praticamente impossível fazer o que temos visto nas praias, que é retirar aquela manta de óleo. No manguezal não vamos conseguir 100% desse material", diz Christofoletti.

Ele diz que os manguezais terão danos por muito tempo por conta da contaminação. "Vai ficar lá um resíduo de teor químico muito forte", afirma.

O biólogo Brenno Januário, mestre em oceanografia química, estava entre os voluntários do mutirão de limpeza da praia de Pedras do Xaréu, em Cabo de Santo Agostinho, e observou a complexidade para limpar a área repleta de mangues, corais e pedras vulcânicas atingidos.

"É assustador. Tem óleo para todos os lados, a retirada dessa substância é um trabalho de formiguinha. Isso aqui vai deixar um impacto gigante na natureza, por décadas", declara.