Após filho barrado, ministro desabafa, critica delação e faz gesto da ira do profeta
O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Napoleão Nunes Maia Filho usou parte do tempo destinado a seu voto na sessão desta sexta-feira (9) para reclamar contra notícias publicadas na imprensa, que ele chamou de “mentiras deslavadas”.
A primeira queixa de Napoleão contra a imprensa foi sobre seu filho ter sido barrado ao entrar no tribunal por não estar vestido de paletó e gravata, portando um envelope para ser entregue ao ministro.
Alguns sites que publicaram a notícia pela manhã não identificavam o homem. Napoleão afirmou ser seu filho, que vinha para lhe entregar fotos da neta. “Minha neta que hoje faz três anos de idade”, disse.
“Ninguém diz claramente nada contra ninguém, mas insinua maliciosamente”, afirmou o ministro, se queixando da associação com sua pessoa de um homem não identificado portanto um envelope.
O ministro também citou a publicação de que ele teria sido citado num suposto acordo de delação premiada de executivos da empreiteira OAS, e também de que teria conversado com um juiz federal do Distrito Federal para interferir em uma decisão. A reportagem foi publicada nesta sexta-feira no jornal "Valor Econômico", mas o ministro não mencionou os veículos que teriam publicado as notícias.
As notícias, falsas segundo o ministro, geraram questionamentos por parte do pastor da igreja frequentada por ele no Ceará, seu Estado natal.
Eu recebi da diaconia da minha igreja em Fortaleza uma pergunta sobre isso, esse negócio da OAS. Eu respondi ao pastor simplesmente assim: a medida com que me medem serão medidos e sobre ele desabe a ira do profeta."
Ministro Napoleão Nunes Maia Filho
Nesse momento, Napoleão fez um gesto simulando uma lâmina cortando a própria garganta para se referir à expressão “ira do profeta”.
O ministro afirmou ter pedido uma pesquisa a seu gabinete sobre causas da OAS julgadas por ele e diz ter encontrado apenas nove processos, todos com decisões contrárias à empresa.
O presidente Gilmar Mendes se disse solidário ao ministro Napoleão e determinou a suspensão da sessão por cinco minutos, gesto que parece ter surpreendido o ministro. “Vai suspender por causa de mim">var Collection = { "path" : "commons.uol.com.br/monaco/export/api.uol.com.br/collection/noticias/politica/data.json", "channel" : "politica", "central" : "noticias", "titulo" : "Política", "search" : {"tags":"28132"} };