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Cid Gomes é baleado ao tentar entrar em quartel da PM com retroescavadeira

Alex Tajra, Luis Adorno, Luciana Amaral, Aliny Gama e Carlos Madeiro

Do UOL, em São Paulo e Brasília, e colaboração para o UOL, em Maceió

19/02/2020 17h54Atualizada em 19/02/2020 22h24

Resumo da notícia

  • Senador tentava furar bloqueio dos policiais, que reivindicam aumento salarial
  • Vídeos mostram Cid empurrando grade contra manifestantes
  • Antes do episódio, governador havia pedido reforço de tropas federais
  • Balas não atingiram órgãos vitais, afirma hospital que atendeu o senador
  • Estado vive crise na segurança pública em meio a negociação de reajuste salarial

O senador Cid Gomes, 56 (PDT), irmão do ex-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT), foi baleado hoje à tarde em Sobral, no interior do Ceará, em meio a um protesto de policiais militares. O senador pilotava uma retroescavadeira e tentava furar o bloqueio de policiais que reivindicam aumento salarial.

Ele levou dois tiros: um entrou na clavícula e saiu, e outro o atingiu no pulmão esquerdo.

A assessoria do senador afirmou que os disparos partiram de arma de fogo. Informações preliminares, desmentidas, falavam em tiros de borracha.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará afirmou que investiga o crime em conjunto com a Polícia Federal. A pasta diz que os disparos partiram de "encapuzados amotinados no 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM)".

Na UTI, sem risco de morte

No fim da tarde, o senador foi transferido para a Santa Casa de Misericórdia de Sobral para realizar exames e, na sequência, levado de volta para o Hospital do Coração de Sobral, para onde foi levado inicialmente.

Ele está na UTI do Hospital do Coração, e a equipe médica decide se será necessário realizar cirurgia.

Em entrevista ao UOL, o irmão de Cid Gomes, Ivo Gomes (PDT), prefeito de Sobral, afirmou que o senador está bem e que seu pulmão já foi drenado. "Ele está falando, conversando normalmente e não tem quadro de hemorragia", disse Ivo.

Ato contra motim policial

Antes de ser baleado, o senador empurrou com uma retroescavadeira uma grade contra manifestantes, muitos deles encapuzados. A cena foi transmitida nas redes sociais. Pouco tempo depois, disparos são ouvidos.

Cid havia ido a Sobral, sua cidade natal, para se opor à manifestação de policiais.

"Eu, como cidadão, estou saindo agora para Sobral, que é a minha terra, onde estou vendo cenas deploráveis, queria pedir a cada cidadão sobralense do bem, que está indignado com essa situação, para me esperar no aeroporto. Vamos definir coletivamente uma estratégia para dar paz para a cidade de Sobral. É o que posso fazer no momento", afirmou horas antes do episódio em vídeo divulgado em suas redes sociais.

O senador se referia ao quartel da cidade e a quartéis de outros municípios do interior, que estão com viaturas paradas e com pneus esvaziados por conta da negociação e ameaça de greve dos policiais militares do estado.

Cid é aliado do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), a quem apoiou nas eleições de 2014 e 2018. O irmão de Cid, Ivo (PDT), é prefeito de Sobral.

Negociações salariais motivaram protestos

O Ceará vive uma crise de segurança pública em meio às negociações salariais entre policiais e bombeiros militares e o governo do estado.

No início de dezembro, um protesto foi organizado na Assembleia Legislativa do Ceará para pleitear aumentos salariais. O governo apresentou diversas propostas que foram rejeitadas pela classe.

No último dia 13, o secretário-chefe da Casa Civil, Helcio Batista, anunciou acordo com agentes de segurança após aprovação de salário-base de um soldado de R$ 4,5 mil, com aumento progressivo até 2022.

Ontem, essa proposta foi enviada para a Assembleia Legislativa do Ceará para debate e votação dos parlamentares.

Apesar do anúncio de acordo, grupos aram a promover protestos em diversos pontos do estado. Na manhã de hoje, mulheres de policiais militares fecharam o 12º BPM (Batalhão de Polícia Militar), em Caucaia (CE), na região metropolitana de Fortaleza, e impediram a saída dos policiais que terminaram o plantão.

Além disso, comerciantes do centro do município de Sobral (CE) fecharam as portas das lojas na tarde de hoje depois que supostos grupos de policiais militares aram ordenando que o expediente fosse encerrado.

O fato foi comunicado à Polícia Civil, que saiu às ruas para tranquilizar a população e as lojas voltaram a abrir as portas.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram moradores assustados com a situação. Em outro, um comboio da Polícia Militar aparece em uma rua com todas as lojas fechadas.

Governador pediu reforço de tropas federais na tarde de hoje

Na tarde de hoje, antes do episódio, o governador Camilo Santana (PT), informou que pediu apoio das tropas federais ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e ao ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira. O governador definiu a situação como "grupos de mascarados praticando atos de vandalismo, prejudicando a segurança do estado".

Em seu pronunciamento, o governador do Ceará disse que, por trás desses ataques, há interesses de pequenos grupos que têm o interesse de se projetar politicamente em ano eleitoral.

"Preservaremos e valorizaremos sempre os bons policiais, a imensa maioria da tropa, mas aos infratores que violam a lei, realizam motins, a minha determinação é para que sejam submetidos a todas as punições previstas em lei", declarou.

Por meio de seu perfil no Facebook, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), classificou como "inaceitável" a violência contra o senador Cid Gomes.

"Reforço que já havia solicitado formalmente apoio de tropas federais para o Ceará aos ministros Luiz Eduardo Ramos e Sérgio Moro, para uma ação enérgica contra essas pessoas que têm agido como criminosos. Esses crimes não ficarão impunes! Não mediremos esforços para restabelecer a ordem e garantir a paz da população cearense", escreveu o governador.

Procurado pela reportagem do UOL, o governador Camilo Santana afirmou que já havia se pronunciado sobre o caso por suas redes sociais.

Moro anunciou envio da Força Nacional para o Ceará

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, anunciou no início da noite que enviou a Força Nacional ao Ceará. "Determinei à Polícia Federal, à Polícia Rodoviária Federal - PRF e à Força Nacional de Segurança Pública - FNSP que adotem as medidas possíveis com vistas a prestar o apoio necessário ao Estado".

Logo após o episódio, Davi Alcolumbre, presidente do Congresso Nacional, afirmou, em nota, acompanhar com preocupação desdobramentos do caso. "Entrei em contato o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e com o governador do Ceará, Camilo Santana, para obter informações e garantir a segurança do parlamentar."

O Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que "está acompanhando a situação no Ceará e analisando as providências que podem ser tomadas. Já foram enviadas equipes da Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal para Sobral para garantir a segurança do Senador Cid Gomes".

No início da noite, o deputado federal André Figueiredo (PDT-CE), próximo à família Ferreira Gomes, disse ao UOL ter conversado há pouco com a equipe de Cid em Sobral: "Fica de alerta a todos sobre o crescimento da violência por parte de bandidos que se usam da polícia para criar essa situação. Policial mesmo não faz isso", declarou.