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Política

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Gilmar liga "falsos mitos" e "messianismo" a ameaças à Constituição

Kleyton Amorim/UOL — Imagem: Kleyton Amorim/UOL

Do UOL, em São Paulo

25/04/2020 07h50

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, escreveu no Twitter uma mensagem na qual disse que a "criação de heróis e de falsos mitos desenvolveu um ambiente de messianismo e intolerância".

Sem citar nomes, mas em um dia que o embate entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro dominou o noticiário, Gilmar ainda disse que "autoritarismo judicial e político são ameaças irmãs à Constituição" e pediu um reencontro com o estado de direito.

"Há muito critico a manipulação da Justiça, por meio da mídia e de outras instituições, para projetos pessoais de poder. A criação de heróis e de falsos mitos desenvolveu um ambiente de messianismo e intolerância. Autoritarismo judicial e político são ameaças irmãs à Constituição", escreveu.

"O combate à corrupção exige a ação de milhares de agentes públicos e o respeito à lei e não a atuação isolada de uma pessoa. Aprendamos: não há solução democrática fora da virtude política. Que a história recente nos reserve um reencontro com o Estado de Direito", completou.

Há muito critico a manipulação da Justiça, por meio da mídia e de outras instituições, para projetos pessoais de poder. A criação de heróis e de falsos mitos desenvolveu um ambiente de messianismo e intolerância. Autoritarismo judicial e político são ameaças irmãs à Constituição.
-- Gilmar Mendes (@gilmarmendes) April 25, 2020

Ontem, em declaração numa live feita pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) a respeito de julgamentos virtuais, Gilmar Mendes já havia se manifestado sobre a troca de acusações entre Bolsonaro e Moro, que deixou o cargo de ministro em resposta à exoneração do diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo.

"Sem dúvida nenhuma hoje nós vivemos um dos dias tristes da nova República e dos eventos que marcaram esse dia despertamos uma série de preocupações. Sem dúvida nenhuma há imputações aí que podem andar no campo do crime de responsabilidade, ou também mesmo no campo do direito penal comum. Nós temos que observar isso com muita cautela", disse.