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Donos de perfis anônimos alvo do STF encontraram-se com Bolsonaro e Heleno

A youtuber Bárbara Zambaldi Destefani entrevista o presidente Bolsonaro dias antes de operação da PF no inquérito das fake news do STF - Reprodução
A youtuber Bárbara Zambaldi Destefani entrevista o presidente Bolsonaro dias antes de operação da PF no inquérito das fake news do STF Imagem: Reprodução

Eduardo Militão e Aiuri Rebello

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

29/05/2020 14h12Atualizada em 29/05/2020 17h22

Resumo da notícia

  • STF pediu identidade de donos de três perfis apócrifos em operação contra fake news
  • Dois deles encontraram-se com o presidente Bolsonaro e o ministro Augusto Heleno
  • Tratam-se de uma youtuber bolsonarista e um ex-assessor parlamentar do PSL na Alerj
  • Heleno afirma que não conhece o militante, encontro foi casual e não houve reunião

Dois dos três influenciadores de direita que tiveram a identidade requisitada ao Twitter pelo ministro Alexandre de Moraes no inquérito das fake news que corre no STF (Supremo Tribunal Federal) encontraram-se com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e com o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, antes da operação deflagrada pela PF (Polícia Federal) nesta semana.

Um deles é ex-assessor da deputada Alana os (PSL-RJ) na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), a outra trata-se de uma youtuber, revela apuração do UOL.

No despacho que deflagrou a operação da PF contra o esquema de fake news que determinou busca e apreensão contra empresários e influenciadores digitais, Moraes afirma que uma rede de 11 perfis no Twitter atua em sincronia para disseminar conteúdo falso e ataques contra adversários do presidente.

Destes, seis são anônimos. Dentre eles, o ministro pediu a quebra de sigilo de identidade de três perfis: @Taoquei1, @Patriotas e @bolsoneas. A rede social tem até semana que vem para fornecer as informações ao STF.

Entrevista com o presidente

A responsável pela conta @Taoquei1 é Bárbara Zambaldi Destefani, de 33 anos, que comanda um canal de apoio ao presidente Bolsonaro no YouTube com 585 mil inscritos chamado "Te Atualizei".

No dia 22 de maio, cinco dias antes da operação da PF, ela foi recebida pelo presidente Bolsonaro no Palácio do Planalto para uma entrevista para seu canal, conforme mostra a agenda oficial do presidente e vídeo publicado por ela na rede social.

De acordo com a agenda do presidente, o encontrou durou uma hora e 25 minutos. A entrevista foi publicada com 52 minutos no canal da youtuber um dia depois, com mais de 850 mil visualizações.

"Sou uma tia do zap", afirma a ex-vendedora de Minas Gerais à reportagem.

 29.mai.2020 - Agenda oficial do presidente Jair Bolsonaro no dia 22 de maio mostra encontro com youtuber alvo de inquérito das fake news no STF - Reprodução - Reprodução
Agenda oficial do presidente Jair Bolsonaro no dia 22 de maio mostra encontro com youtuber alvo de inquérito das fake news no STF
Imagem: Reprodução

"Eu evito mesmo falar meu nome"

Bárbara afirma que não possui cargos públicos ou é financiada por terceiros para fazer suas publicações. Tudo o que recebe vem dos rendimentos do Google, que mantém a plataforma YouTube. Ela nega produzir informações falsas propositadamente ou discursos de ódio.

"Quem me deu essa voz foi a população, sem nenhum tipo financiamento, nenhum", diz Bárbara.

Para a youtuber, a entrevista com o presidente é o que motivou o STF a pedir a identidade de sua conta na rede social. "Tenho certeza que tomou essa proporção pro meu lado porque eu entrevistei o presidente. Acaba tendo muita repercussão, né?", questiona.

"Colocaram como se eu fosse um perfil anônimo", afirma. "Minha tristeza maior é saber que eles não assistem ao meu canal. Pede para eles assistirem ao meu canal, poxa vida. Eu estou precisando de audiência."

Ela disse que o perfil @taoquei1 foi criado sem o nome "Te atualizei" porque esse usuário já existia. Bárbara afirma que esconde sua identidade na rede por temor. "Eu evito mesmo falar meu nome. Tenho família. A gente sofre muita ameaça." Apesar das ameaças, nenhuma queixa foi registrada na polícia até o momento, segundo ela.

Procurada pelo UOL, por meio de sua assessoria de imprensa, a Presidência da República não respondeu sobre o encontro até a publicação desta reportagem.

Ex-assessor de deputada na Alerj

O responsável pela conta @bolsoneas, Leonardo Rodrigues de Barros Neto, é ex-assessor da deputada estadual Alana os (PSL-RJ) e encontrou-se com o ministro Heleno recentemente em evento. Depois da publicação dessa reportagem, Neto disse que o encontro aconteceu em julho do ano ado, no Rio de Janeiro.

No dia 26 de maio, um dia antes da operação da PF que pede ao Twitter sua identidade, Neto publicou uma foto em outra conta na rede social, junto ao ministro-chefe do GSI.

Ao UOL, por meio de sua assessoria de imprensa, ele diz que não conhece o ex-assessor parlamentar. Heleno confirma que a foto é dele, mas não se recorda onde ela foi batida.

O ministro não soube dizer o dia e diz não tratar-se de uma reunião, já que o encontro foi por acaso e aconteceu em um evento.

Neto foi até o final de abril assessor parlamentar no gabinete da deputada estadual, e exonerado no dia 30 do mês ado. De acordo com o despacho da Mesa Diretora da Alerj, ele foi afastado a pedido próprio.

De acordo com a assessoria de imprensa da deputada Alana os, Neto trabalhava na produção de banners para a parlamentar divulgar em redes sociais. A assessoria afirma que o trabalho dele fora do gabinete, com o perfil @bolsoneas, não tinha relação com o mandato da deputada, que também é apoiadora do presidente Bolsonaro.

Em outubro de 2019, o salário de Neto na Alerj era de R$ 6.490.

O UOL procurou Neto por meio de redes sociais e conhecidos, mas não obteve retorno. Somente depois da publicação da reportagem, o militante político veio a público.

Ele contou que se encontrou com Heleno em julho de 2019 num evento na Vila Militar, no Rio de Janeiro. O UOL o procurou novamente, mas Neto não prestou esclarecimentos, que serão publicados se forem enviados.

Juntos, os três perfis que tiveram a identidade dos criadores solicitada pelo ministro Moraes possuíam quase um milhão de seguidores até meados de maio — o @Patriotas foi tirado do ar pelo Twitter por desrespeitar as políticas da plataforma.