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MP apura se Rogério de Andrade foi mandante da morte de Marielle

O contraventor Rogério de Andrade - André Lobo/UOL
O contraventor Rogério de Andrade Imagem: André Lobo/UOL

Igor Mello

Do UOL, no Rio*

10/05/2022 17h32

Pela primeira vez, o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) itiu que apura se o bicheiro Rogério de Andrade, sobrinho do contraventor Castor de Andrade, foi o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018. Rogério se encontra foragido da Justiça —ele é acusado do assassinato do bicheiro Fernando Ignnácio, genro de Castor.

Após Rogério e o PM reformado Ronnie Lessa —réu por executar o assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes— serem alvo de uma operação na manhã de hoje (10), integrantes da força-tarefa do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) que apura o homicídio da vereadora revelaram que a participação de Rogério é uma das linhas de investigação para esclarecer o crime.

"Desde o primeiro momento em que essa equipe assumiu o caso, estamos revisitando tudo que foi produzido. Temos como premissa que dois indivíduos que foram denunciados por executar o crime. E é fato notório a ligação entre ambos [Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz], e entre eles principalmente Ronnie Lessa, e o chefe da organização criminosa, o 01 dessa denúncia, Rogério Andrade", explicou o promotor Diogo Erthal, integrante do Gaeco e da Força-Tarefa do Caso Marielle.

"Desde o primeiro momento é uma das linhas de investigação."

Apesar disso, Erthal disse que ainda não há provas para denunciar o bicheiro pela morte de Marielle. "Se houvesse elementos para provar isso, ele estaria hoje sendo denunciado por esse outro crime. Mas também não há elementos para descartar", completou.

O promotor Carlos Eugênio Greco Laureano, também integrante do Gaeco, destacou a coincidência entre a morte de Marielle e a sociedade entre Rogério de Andrade e Ronnie Lessa —o início das tratativas para a abertura de um bingo na Barra da Tijuca se dá em abril de 2018, um mês após o assassinato da vereadora.

Os investigadores ainda não sabem se no material apreendido há elementos que vinculem Rogério de Andrade ao assassinato.

MP: Lessa retirou máquinas caça-níquel de DP com caminhões

A Operação Calígula, deflagrada hoje (10), desvendou um esquema de corrupção ligado à organização criminosa formada pela associação de Andrade e Lessa para a abertura do bingo.

O espaço foi aberto em 24 de julho de 2018, mas acabou fechado no mesmo dia por uma operação da Polícia Militar. A partir daí, os membros da quadrilha aram a negociar com agentes públicos, entre eles, a delegada Adriana Belém que, naquele momento, chefiava a 16ª DP (Barra da Tijuca).

Segundo as investigações, em agosto, após negociação de propina com Adriana e seu então chefe de investigações, o inspetor Jorge Luiz Camillo Alves, braço direito da delegada, as máquinas caça-níquel são liberadas.

Os promotores encontraram provas de que Lessa enviou caminhões à delegacia e retirou as máquinas.

"As apreensões que foram feitas hoje ainda não foram analisadas, então não temos como analisar qual vai ser o resultado na identificação do crime de Marielle e Anderson. A proximidade com Rogério no momento do crime e até a forma como ele [Ronnie Lessa] foi procurado, pelo filho dele [de Rogério, para participar da sociedade] chama atenção, mas é preciso cautela", diz Laureano.

"Curiosamente, próximo ao homicídio de Marielle eles se reaproximam e voltam a interagir em mensagens."

Procurada, a defesa de Ronnie Lessa disse que vai tomar conhecimento da denúncia antes de se posicionar.

O que diz a defesa de Rogério de Andrade

O advogado Ary Bergher, que defende Rogério de Andrade, afirmou ao UOL que a operação deflagrada hoje, "além de não deixar demonstrada a necessidade de prisão cautelar do Rogério, reluz claramente uma afronta ao STF que acaba de conceder o trancamento de uma ação penal contra ele".

Segundo o advogado, trata-se de uma tentativa de burlar as decisões do Supremo.

Segundo o Bergher, a 2ª Turma do STF trancou em fevereiro uma ação penal contra o Rogério, acusado de ser o mandante da morte do rival Fernando Iggnácio, em 10 de novembro de 2020. Os ministros decidiram também revogar a prisão cautelar decretada contra o bicheiro.

Ele avaliou como ridícula a tentativa de relacionar o cliente à morte da vereadora Marielle Franco.

"Até o presidente da República foi investigado por esse crime. Infelizmente, em vez de criar factoides, já deveriam os responsáveis, depois de tantos anos, terem apresentado os mandantes dessa brutalidade."

Quem é Rogério de Andrade

Rogério de Andrade é sobrinho de Castor de Andrade, tido como o maior bicheiro da história do Rio de Janeiro e criador do modelo de cúpula do jogo do bicho.

Antes de morrer, em 1997, Castor dividiu seu império do crime em dois —Rogério ficou com os pontos de jogo do bicho, enquanto seu genro Fernando Iggnácio assumiu o controle dos caça-níqueis. Logo, os dois iniciaram uma sangrenta guerra pelo controle de todo o espólio de Castor.

Foi nesse contexto que Rogério de Andrade e Ronnie Lessa se conheceram. O PM foi recrutado pelo jogo do bicho e ou a atuar como segurança da família Andrade. Em 2009, perdeu uma perna após um atentado a bomba explodir seu carro.

Seis meses depois, crime parecido matou o filho de Rogério, Diego Andrade, no Recreio dos Bandeirantes, em 2010. Na ocasião, uma bomba foi instalada embaixo do assento do motorista no carro do bicheiro. Fernando Iggnácio foi apontado como suspeito de ambos os crimes.

A disputa entre os dois herdeiros de Castor de Andrade seguiu até novembro de 2020, quando Iggnácio foi morto a tiros após sair de um helicóptero no Aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio. Rogério de Andrade foi denunciado pelo crime e desde então está foragido.

Seguindo o legado de seu tio, Rogério atuou como patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel. Em 2017, ele esteve na Sapucaí no desfile em que a escola foi campeã.

*Com Marcela Lemos, colaboração para o UOL, no Rio