Depois da explosão de casos na China, a Coreia do Sul foi o primeiro país a registrar uma quantidade grande de casos ainda no começo da crise. Hoje, porém, foi ultraada por europeus e pelos Estados Unidos.
As estatísticas sobre o avanço da doença têm indicado que a Coreia pode ter tido mais sucesso na contenção do vírus por causa de sua política massiva de testes e de isolamento rápido de pacientes.
Hoje o país asiático tem menos de 9 mil casos confirmados, ante mais de 41 mil na Itália e cerca de 20 mil na Espanha. O número de mortos também é menor por lá.
Ao contrário da maioria dos países, a Coreia adotou a política de testar em massa pacientes com sintomas leves ou sem sintomas, se fosse avaliado que eles puderam ter sido expostos ao vírus.
"Diferentemente de outros países, onde só são feitos testes em quem tem sintomas, nós decidimos realizá-los em qualquer um que tiver estado em contato direto com casos confirmados. Em lugar de esperar que os pacientes viessem, fomos até eles e procuramos possíveis infectados para evitar que contagiassem a comunidade", disse o ministro sul-coreano da Saúde, Park Neunghoo, à CNN.
Na quarta-feira (18), Mandetta afirmou que não se pode comparar o Brasil com a Coreia.
"Uma coisa é ter um país como a Coreia que tem 4 milhões de habitantes concentrados num país que talvez não seja muito maior que Sergipe ou Alagoas ou Bahia, totalmente diferente de um continente sul-americano como é o Brasil", afirmou o ministro.
A Coreia do Sul tem uma população de cerca de 51 milhões de habitantes — e o Brasil, de 211 milhões
Assim como no Brasil, na Espanha e na Itália, a política oficial é de fazer testes apenas em pacientes mais graves ou que apresentem sintomas.
Em meio à incerteza sobre os números de casos e o temor em relação à capacidade das redes pública e privada em combater o novo coronavírus, o Brasil aos poucos começa a parar para a guerra contra a doença, ao mesmo tempo em que olha para a Europa e China sabendo que o pior está por vir.