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Covid-19 na periferia de SP expõe faceta da desigualdade, dizem médicos

24 set. 2014 - Vista de drone da comunidade de Heliópolis - Rubens Chaves/Folhapress
24 set. 2014 - Vista de drone da comunidade de Heliópolis Imagem: Rubens Chaves/Folhapress

Cleber Souza

Do UOL, em São Paulo

26/04/2020 04h04

Os óbitos pela covid-19 são em maior número na periferia de São Paulo comparando com bairros mais centralizados da cidade. Nessas áreas, até a sexta-feira eram 447 mortes registradas, entre suspeitas e confirmadas, segundo dados da SMS (Secretaria Municipal de Saúde).

Brasilândia, na zona norte, está no topo como bairro que tem mais mortes, 55 no total. Enquanto Marsilac, extremo sul da capital paulista, possui três. Já em bairros do centro, apesar do número alto de diagnósticos positivos, maiores que na periferia, os números de óbitos são menores. Pinheiros, Butantã, Campo Belo, Ipiranga, Bela Vista, somam juntos 96 mortes pela covid-19.

O UOL procurou profissionais da saúde para entender essa diferença entre números de óbitos e diagnósticos de coronavírus na capital paulista.

O poder aquisitivo maior em bairros nobres, a vulnerabilidade do grupo de minorias da periferia, falhas em serviços sociais e a testagem escassa foram assuntos apontados pelos profissionais de saúde.

Para o médico infectologista do HC (Hospital das Clínicas) e diretor da Sociedade Paulista de Infectologia, Evaldo Stanislau, a diferença entre a qualidade no atendimento em hospitais públicos e privados reflete a desigualdade social na cidade de São Paulo.

"Nas zonas centrais, a população se cuida mais. Tem o a hospitais melhores, melhores médicos. Já na periferia, vemos uma população com uma saúde pior, com alimentação ruim, sem condições de cuidar da sua saúde como um todo. E quando precisam de cuidados, lhes são oferecidos os piores hospitais", afirmou.

O diagnóstico rápido também é colocado em questão por Evaldo. "Infelizmente, quem vai em uma rede privada com sintomas da covid-19, consegue, inclusive pagando pelo exame, um diagnóstico mais rápido, já vai ter um atendimento e uma conduta diferenciada. A população periférica só consegue ter a hipótese da doença quando ela já está avançada. Isso é um fenômeno global, que mostra a faceta da covid-19, que é a desigualdade, onde quem é o mais pobre, quem é minoria, acaba sofrendo mais do que quem tem uma saúde de melhor qualidade", disse Stanislau.

Já para o psiquiatra Flávio Falcone, que atua no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) de Guarulhos, na grande São Paulo, o SUS (Sistema Único de Saúde) estava ando, até a chegada do coronavírus, por um momento de "desmonte", e a rede privada tem os melhores recursos.

"A classe favorecida viajou e trouxe o vírus. Houve o contato com outras pessoas, inclusive com seus funcionários, que muitas vezes moram em periferia. Estamos pagando a conta agora, e vamos pagar pelo que não for feito. Não vamos ter uma solução rápida. A nossa questão é saber o quanto as más condições da população periférica podem interferir no trabalho da saúde durante essa pandemia", disse o psiquiatra.

Médicos pedem isolamento social e mais investimento

Em meio ao esforço de autoridades para manter isolamento social, os médicos pedem mais leitos, investimentos em preparação de equipes de saúde e parceria entre SUS e rede privada.

"O importante agora é respeitar as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde). Isso tem um impacto na diminuição destes óbitos, principalmente na periferia. Tem de manter o isolamento neste momento. Precisamos de investimento em ciência, de ouvir especialistas. Não há como construir uma outra narrativa como tem sido feito", afirmou Falcone.

Já o doutor Evaldo aponta que o investimento da capacitação das equipes de saúde na periferia pode ajudar na queda de óbitos nas comunidades com mais vulnerabilidade. A atenção básica, com trabalho da saúde da família, com o apoio dos agentes comunitários de saúde, também podem achatar a curva dos casos da covid-19 na periferia, segundo o médico infectologista.

"Todo mundo está exposto. Porém, os mais vulneráveis têm uma exposição facilitada, por questão de moradia, sem poder fazer um isolamento adequado. Também por questões sociais. É preciso investir no diagnóstico mais rápido para essa classe. Precisamos de hospitais adequados para atender essas pessoas. Isso pode ser feito em parceria entre SUS e a rede privada", afirmou o infectologista.