Hospital em SC diz que entrou em colapso, com pacientes graves em poltronas

O Hospital Regional São Paulo, localizado em Santa Catarina, itiu na tarde de hoje que a unidade hospitalar chegou ao colapso, com todos os ambientes lotados, e que alguns pacientes em estado grave já aguardam atendimento sentados em poltronas.
"Não há mais espaço físico, estrutura e pessoal para atender a grande demanda e que cresce diariamente. Estamos com nossa unidade 100% lotada em todos os ambientes, tanto na UTI Geral, UTI Neonatal, internação, Ala Covid, mas especialmente na Emergência. Estamos vivendo o pior momento desde o início da pandemia da Covid-19. Não iremos viver uma catástrofe, já estamos nela", disse o hospital, em comunicado. (Leia nota, na íntegra, abaixo)
Segundo a unidade hospitalar, dos 35 pacientes que estão na Emergência, 20 intubados aguardam transferência. Outros pacientes que estão em estado grave aguardam o atendimento acomodados em poltronas ou em espaços improvisados.
"É nossa realidade nesse momento: o colapso não é eminente, ele está em curso. Estamos prestes a não poder mais receber pacientes e que eles terão que aguardar do lado de fora do hospital, pois não temos mais espaço físico, equipamentos e ambiente para atender nossos pacientes. Estamos em um momento tão crítico, que será melhor para o paciente ficar aguardando atendimento dentro de uma ambulância do que dentro dos espaços da unidade hospitalar", ressaltou.
O estado de Santa Catarina confirmou, até agora, 681.391 casos confirmados de covid-19 e 7.524 óbitos em decorrência da doença.
Transferência de pacientes para ES
A secretaria estadual informou ontem que vai transferir até 16 pacientes com covid-19 para o Espírito Santo. O transporte será feito de Chapecó para uma unidade hospitalar da região metropolitana de Vitória.
Segundo a pasta, a transferência foi acertada após conversas do secretário André Motta Ribeiro com a secretaria de estado de Saúde do Espírito Santo.
Neste momento, a ação irá priorizar pacientes que estão internados no HRO (Hospital Regional do Oeste) com indicação para transferência para UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A Superintendência de Regulação avalia as condições clínicas dos pacientes para formalizar as transferências.
No domingo, a taxa de ocupação na rede pública alcançou a marca de 99,38%, com um total de 789 leitos ocupados.
- Santa Catarina: aceleração (110%)
Leia comunicado, na íntegra
A Direção Técnica e istrativa do Hospital Regional São Paulo (HRSP) informa à população que está em colapso. Não há mais espaço físico, estrutura e pessoal para atender a grande demanda e que cresce diariamente. Estamos com nossa unidade 100% lotada em todos os ambientes, tanto na UTI Geral, UTI Neonatal, internação, Ala Covid, mas especialmente na Emergência, que hoje (terça-feira, 02, está com 35 pacientes, destes, 20 entubados, aguardando transferência para leitos de UTI Covid). Estamos vivendo o pior momento desde o início da pandemia da Covid-19. Não iremos viver uma catástrofe, já estamos nela.
O hospital fez desdobramentos e aumentos para atender a demanda. Mas mesmo assim, a situação está em colapso. Não tem mais possibilidade para receber mais pacientes que necessitem de ventilação mecânica ou e de oxigênio. Estamos com pacientes graves, acomodados em poltronas ou em espaços improvisados, pois já se esgotou toda a estrutura física para atendimento. É muito preocupante pois são pacientes graves e que necessitariam de uma atenção especializada e que não deveriam estar aguardando por um leito, na Emergência do hospital.
É nossa realidade nesse momento, o colapso não é eminente, ele está em curso. Estamos prestes a não poder mais receber pacientes e que eles terão que aguardar do lado de fora do hospital, pois não temos mais espaço físico, equipamentos e ambiente para atender nossos pacientes, mesmo com os equipamentos recebidos recentemente do Governo Federal e Estadual. Estamos em um momento tão crítico, que será melhor para o paciente ficar aguardando atendimento dentro de uma ambulância do que dentro dos espaços da unidade hospitalar, o paciente terá mais e e recursos dentro da ambulância. Seria uma imprudência retirar o paciente do e que está recebendo na ambulância, com o aporte dos equipamentos de uma UTI Móvel e dos profissionais para atender esse paciente, do que receber ele no hospital.
Os profissionais estão esgotados, existe falta de insumos, tecnologias, materiais e equipamentos. Em tempos normais, uma equipe (composta por médico, enfermeira, fisioterapeuta e técnicos de enfermagem) atende cerca de 10 pacientes, hoje, nesse momento "de guerra" não conseguimos contar quantos pacientes cada equipe está atendendo por turno de trabalho.
É o caos. É o limite. Do jeito que está, as equipes estão fazendo o que é possível, dentro do alcance e do que está disponível. Alcançamos o máximo das nossas possibilidades. Vamos começar a perder vidas de muitos pacientes. A comunidade precisa estar preparada. E não vai ser por falha de atendimento, vai ser por falta de o ao serviço de saúde que está lotado.
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