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"Pode entrar sem medo"; saiba como estão favelas que terão 1ª UPP da Maré

Gustavo Maia

Do UOL, no Rio

01/05/2015 06h00

A alguns metros do Piscinão de Ramos, dois policiais militares conversam tranquilamente sob uma árvore, na comunidade Praia de Ramos, uma das 16 que integram o Complexo de Favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro. Há um mês, no dia 1º de abril, a favela e a comunidade Roquette Pinto, vizinha, aram a ser patrulhadas pela PM, que substituiu homens das Forças Armadas. Sob anonimato, um dos PMs fala à reportagem do UOL: "Pode entrar em qualquer beco por aqui, sem medo. Está bem tranquilo".

Segundo os moradores, o clima pacífico nas duas comunidades, diferentemente do que existe no resto da Maré, não se justifica pela presença dos policiais militares ou da Força de Pacificação. Não à toa, a 1ª UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do complexo de favelas será instalada na área em julho deste ano, conforme anunciou nesta terça-feira (28) o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame.

"Tráfico aqui teve há dez anos ou mais. Com a ocupação de agora não mudou nada. É bem tranquilo", afirma o guarda salva-vidas Wanderson Rocha, 33, que sempre morou na Praia de Ramos. Nos últimos anos, as comunidades eram controladas por milicianos, mas a maioria dos moradores ouvidos pela reportagem contou que os criminosos deixaram de atuar no local ou o fazem de forma muito discreta. "Os policiais mesmos falam que foi o melhor lugar que eles poderiam vir. O único lugar seguro para eles na Maré é aqui. Tem alguns que já estão até morando aqui", completa Wanderson.

O PM continua a conversar com a reportagem e alerta: "Lá na Nova Holanda ou no Parque União, não recomendo que vocês entrem nem quando ocuparem". As duas comunidades citadas pelo policial são alvos de disputa entre facções criminosas rivais e aram a ser ocupadas pela PM na madrugada desta sexta-feira (1º). A transição no patrulhamento também ocorreu no Parque Maré e em Rubem Vaz.

Na tarde da última terça, os estudantes Gabriel Guedes e Nayla Freire, ambos de 16 anos, conversavam sentados a uma mesa de jogos de tabuleiro em uma área de lazer na Praia de Ramos. "Mesmo antes de eles ocuparem, não tinha ocorrência de tráfico ou troca de tiros. Nos últimos dez, 15 anos, eu não lembro de ter ouvido um tiro por aqui", relata Gabriel. "Uma grande amiga minha mora no Timbau [outra comunidade da Maré] e eu morro de medo de ir lá na casa dela. Minha mãe nem deixa. Mas ela vem sempre aqui, sem problemas", conta Nayla.

A violência marcou a região de tal forma que alguns moradores das duas comunidades disseram não considerá-las parte do Complexo da Maré. "Porque aqui a gente não a sufoco", justificou Wanderson. "Isso aqui deveria ser modelo para as próximas UPPs."

A costureira cearense Terezinha Amaro da Silva, 47, moradora da comunidade Roquete Pinto, diz se considerar sortuda. "Eu moro aqui há nove anos e não tenho do que reclamar", afirma. "O Exército também era tranquilo. No máximo, eles pediam os documentos dos homens que entravam aqui."

Presidente da Associação de Moradores da Praia de Ramos e de Roquette Pinto, Cristiano Reis considera que a PM foi bem aceita pela comunidade. "As pessoas agora estão ansiosas para a chegada da UPP, porque ela pode trazer saneamento básico e outras melhorias na infraestrutura das comunidades. Eu espero que a implantação da UPP na Maré seja diferenciada. Melhor que no Alemão, por exemplo", declara. Cristiano afirmou ainda que tem conhecimento de milícia atuando na área desde a chegada da Força de Pacificação.

A reportagem do UOL questionou a PM sobre o número de policiais que atua nas comunidades e de ocorrências registradas na área desde a ocupação, mas não obteve respostas.