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Dinheiro e suprimentos acabando: brasileiros no exterior pedem ajuda

Herculano Barreto Filho e Carlos Madeiro

Do UOL, no Rio, e colaboração para o UOL, em Maceió

18/03/2020 14h05

Resumo da notícia

  • Um grupo de mais de 20 brasileiros está isolado nas ilhas Galápagos
  • Turistas em Portugal não sabem quando voltarão para casa
  • Enfermeira carioca foi expulsa de aeroporto na Indonésia
  • Brasileira que deixou filhos no país para fazer cidadania na Itália faz apelo nas redes
  • Brasileira na Alemanha diz que vizinhos fazem as compras para idosos confinados
  • Na França, dançarina mineira está sem dinheiro para pagar o aluguel

Turistas brasileiros no exterior enfrentam dificuldades para voltar ao país em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus. Com o fechamento de fronteiras e voos cancelados, eles relatam apreensão com a falta de dinheiro e até mesmo de suprimentos. O UOL também ouviu brasileiros que moram em países europeus —eles relatam isolamento, preocupação com os parentes no Brasil, dificuldades financeiras e até disputa em supermercados.

Um grupo de mais de 20 brasileiros está isolado nas ilhas Galápagos, no Equador, à espera de uma alternativa para voltar ao Brasil. Segundo eles, uma das principais preocupações é a escassez de suprimentos. "Estamos muito preocupados. Não sabemos quando iremos para casa", disse o servidor público Rodrigo Pedatella em vídeo ao UOL.

Na manhã de hoje, brasileiros que tiveram voos cancelados ou estão impossibilitados de se locomover na Europa em razão do fechamento de fronteiras se reuniram em frente à embaixada do Brasil em Lisboa para pedir ajuda ao governo brasileiro, mas relataram que o local estava fechado. Em um vídeo gravado hoje na porta da embaixada, turistas brasileiros disseram que o embaixador do país em Portugal, Carlos Magalhães, os recebeu, mas informou que a embaixada não tem dinheiro, nem estrutura para os acomodar nesse momento.

"Consegui comprar uma agem hoje para embarcar domingo para São Paulo, mas se aqui entrar mesmo em emergência não sei se vou conseguir viajar. Estamos ouvindo que Portugal também vai fechar fronteira", disse o policial civil Fábio Delta, que não conseguiria chegar à França, onde embarcaria para o Brasil no fim de semana, porque as fronteiras sas foram fechadas.

Na Indonésia, a enfermeira carioca Lais Pimenta, 32, convive com a mesma incerteza. "Estou tentando sair daqui. Mas dizem que vão fechar as fronteiras a qualquer momento. Simplesmente me expulsaram de dentro do aeroporto, porque não podemos virar a noite dentro de um lugar fechado."

Na Itália, onde mais de 2.500 mortes foram confirmadas, a situação dos brasileiros é dramática. "Cheguei na Itália em dezembro para reconhecimento de cidadania. Não estou conseguindo agem para voltar. Parece que os voos estão cancelados até o final de abril. Tenho dois filhos pequenos que ficaram no Brasil. Queria muito poder voltar", escreveu Fabiana Bovo Rodrigues, em um relato desesperado pelo Facebook.

Briga por alimentos em Paris, relata brasileira

Moradora de Paris, a carioca Samantha Miler, 33, que istra um grupo de Facebook com mais de 2.000 mães brasileiras na França, acompanha a história de brasileiros em meio às incertezas causadas pela quarentena e pelo fechamento das fronteiras. Ela conta com o auxílio da mãe, que viajou do Brasil para acompanhá-la com a filha recém-nascida.

Quando a coisa começou a piorar aqui, a minha mãe ficou chocada e quis voltar. Mas ela recebeu um e-mail do seguro de saúde da viagem, dizendo que eles não cobririam casos de pandemia

Samantha Miller, moradora de Paris

"O clima é de incerteza. Mas a sensação é de que estamos sendo bem orientados. Os brasileiros que estavam pensando em voltar acabaram desistindo quando viram que a situação estava piorando no país. A percepção é de que é melhor ficar doente na França do que no Brasil. Enquanto o Macron [presidente da França] diz que estamos em guerra, o Bolsonaro dá mau exemplo [ao citar a presença do presidente brasileiro em um ato]", compara Samantha.

Para a dançarina mineira Layra Rodrigues, 26, que também mora em Paris, o cenário é diferente. Como os espetáculos foram fechados para o público desde janeiro, ela está com dificuldades para pagar o aluguel e até para comprar comida. "Se o governo não ajudar, não vou ter condições para me manter aqui."

Nesta semana, ela foi ao mercado para comprar mantimentos e encontrou um cenário de desespero.

As pessoas estão entrando em pânico, brigando por alimentos, por papel higiênico.

Layra Rodrigues, dançarina que mora em Paris

A jornalista gaúcha Carol Reque, 41, que mora com o marido e as duas filhas em Berlim, já adota medidas preventivas desde janeiro. "É que o meu marido tem facilidade em ter problemas pulmonares."

Na segunda-feira (16), as escolas distribuíram material para que as crianças possam estudar dentro de casa nas próximas três semanas. A partir de hoje (18), os restaurantes só poderão ficar abertos até as 18h. "O risco de se infectar na Alemanha é considerado alto. Em alguns prédios, os moradores estão se organizando para fazer compra para os idosos, que não podem sair de casa."

Mas Carol está preocupada com os pais idosos, que moram em Porto Alegre. "Eles têm em torno de 70 anos. E, mesmo sem doenças, me preocupo bastante."

A gaúcha Jamille Pereira, 35, que trabalha como gestora de crédito em Lisboa, relata um cenário de isolamento. No seu local de trabalho, gestantes, doentes crônicos e pais de filhos com menos de 12 anos foram dispensados, com falta justificada.

"Lojas e cafés estão fechados. Não vejo mais turistas. Supermercados estão com filas na entrada. E entra apenas uma pessoa por vez. As pessoas estão se prevenindo", conta.

O que diz o Itamaraty

Em nota enviada ao UOL, o Itamaraty informou que acompanha de perto a situação gerada por eventuais fechamentos de fronteiras por conta da pandemia. No texto, o órgão recomenda a todos os brasileiros no exterior que observem as medidas determinadas pelas autoridades locais.

A nota afirma que nenhuma embaixada ou consulado brasileiro foi fechado. "No entanto, por conta das restrições impostas pelas autoridades locais, muitas vezes foi necessário adaptar o regime de trabalho, com horários especiais de atendimento", explicou a nota.

*Colaborou Gabriel Sabóia