Alvo de cassação, deputado diz que não excluirá vídeo em que ameaça antifas

O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), um dos alvos de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga o financiamento de grupos que promovem atos contra a democracia, afirmou que não vai retirar das redes sociais o vídeo em que ameaça antifas.
O aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) virou alvo de um pedido de cassação por parte da Rede, Psol e PSB no Conselho de Ética da Câmara após afirmar que atiraria em integrantes do grupo.
Silveira disse que não teve o ao pedido de cassação, mas não vê ameaça em sua fala. "Em nenhum momento eu tive objeto de fato, eles dizem que eu ameacei a me manifestar, eu não ameacei nada. O vídeo está lá e vai continuar lá", disse em entrevista para a CNN.
"Os antifas estavam literalmente partindo para a agressão. Isso não tem crime, o crime de ameaça é dizer: 'vou matar'. Deixo isso claro, se algum criminoso atentar contra minha vida, vou me defender."
Segundo ele, a motivação foi para a mensagem foi após vídeos chegarem até ele em que supostos antifas agridem pessoas.
"Então, a publicação foi minha opinião. Eu quis dizer: 'vai acontecer com alguém, e pode ser comigo também'. Eu não preciso explicar a vida real, quando um meliante vai para cima de alguém, ele vai se defender", disse para a CNN.
O deputado também criticou hoje o STF (Supremo Tribunal Federal) e o ministro Alexandre de Moraes.
"Não tenho a intenção de guerrear. Você não vai pegar uma arma para matar seu inimigo ideológico. O STF, por um ministro ou outro, está exagerando nas suas funções. O Alexandre de Moraes principalmente, ele não representa a magistratura. Ele representa a si próprio, extremamente vaidoso", opinou.
Ontem, a PF cumpriu 21 mandados de busca e apreensão por investigação sobre manifestações antidemocráticas. Foram alvos dirigentes da sigla que o presidente tenta fundar, o Aliança pelo Brasil, blogueiros, deputados e youtubers de direita. As ordens foram do STF e autorizadas no âmbito de um inquérito chefiado pelo ministro Moraes.
Depois, Moraes determinou a quebra do sigilo bancário de dez deputados federais e um senador da base de apoio a Bolsonaro no Congresso, ainda sobre os atos considerados antidemocráticos.
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