Paes vê Bolsonaro com postura golpista e diz que ele 'ou do ponto'

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), criticou hoje as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante os atos de 7 de Setembro.
Ele avaliou que a postura do presidente é "antidemocrática, golpista e equivocada". Bolsonaro está ando "um pouco do aceitável", disse o prefeito sem contudo citar um eventual impeachment.
"O que acho grave é a postura do presidente da República, a postura dele é antidemocrática, golpista, enfim, equivocada. Pela posição que ele ocupa, ele não podia estar disputando ou fazendo luta política com instituições, com o ministro do Supremo Tribunal Federal."
"Eu discordo pra caramba de várias decisões judiciais, mas eu respeito, pois a gente tem a liturgia dos cargos (...) O que acho lamentável são as manifestações do presidente da República, acho que vai ando um pouco do aceitável. A gente conhece o estilo do presidente, respeita, mas afrontar as instituições me parece que a do ponto
Eduardo Paes, prefeito do Rio
No ato de ontem na Avenida Paulista, Bolsonaro declarou que não aceitará decisões do ministro do STF Alexandre de Moraes e chegou a se referir a ele como "canalha".
Durante a campanha eleitoral à Prefeitura do Rio, Paes (então filiado ao DEM) manteve um discurso cauteloso e evitou ataques ao presidente da República. Ele optou por uma estratégia de convivência sem polêmicas para não afastar a possibilidade de votos dos simpatizantes do bolsonarismo.
No entanto, na negociação para migrar para o PSD, o prefeito fez uma exigência a Gilberto Kassab, presidente da legenda. Paes disse que só mudaria de partido, se Kassab se comprometesse a não apoiar Jair Bolsonaro em 2022.
Em entrevista ao UOL no mês ado, Paes se disse contra eventual impeachment de Bolsonaro. Na ocasião, o prefeito argumentou que prefere a estabilidade no sistema político.
Paes avaliou ainda os atos que ocorreram pelo país.
"Eu não critico manifestação, manifestação é normal. O que eu vi foram pessoas indo para as ruas defender suas pautas, por mais que eu discorde delas, eu vejo o direito de elas defenderem suas pautas (...) Eu discordo frontalmente da opinião das pessoas que pedem golpe militar. Me parece até uma pauta confusa: fala em liberdade e pede golpe militar, fala em democracia, mas fala em golpe militar. Eu acho super confusa aquela pauta, mas eu respeito."
No Rio, ocorrem dois atos: um contrário ao presidente, no centro do Rio, e outro de apoio a Bolsonaro, em Copacabana. A manifestação na zona sul reuniu milhares de pessoas na orla. Apoiadores do presidente gritaram palavras de ordem antidemocráticas e pediram o fechamento do STF.
Fabrício Queiroz, policial reformado denunciado como operador do esquema das "rachadinhas" do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), foi ao local com a camisa do Brasil.
Já no centro do Rio, o ato contrário a Bolsonaro, que contou com menos manifestantes, pedia o impeachment do presidente e criticava principalmente a inflação, a fome no país e o número de mortos durante a pandemia de covid-19.
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