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Roberto Jefferson ou noite em cela isolada e comeu quentinha no Rio

23.out.2022 - Roberto Jefferson gravou vídeo dizendo que agentes da PF foram à sua casa prendê-lo - Reprodução
23.out.2022 - Roberto Jefferson gravou vídeo dizendo que agentes da PF foram à sua casa prendê-lo Imagem: Reprodução

Tatiana Campbell

Colaboração para o UOL, no Rio

24/10/2022 12h55

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) ou a noite isolado na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro. O presídio é uma espécie de triagem no ingresso de detentos ao sistema penitenciário fluminense.

Preso após resistir a tiros a uma ordem de prisão em sua casa em Comendador Levy Gasparian, a 140 km do Rio, Roberto Jefferson se encontra em uma cela isolada. Segundo a Seap (Secretaria de istração Penitenciária), o isolamento se deu porque a cela estava vazia.

O UOL apurou que Roberto Jefferson se alimentou com uma quentinha padrão, oferecida a detentos de Benfica.

A previsão é de que o ex-deputado seja submetido a audiência de custódia às 16h. A sessão será presidida —via videoconferência— por um juiz auxiliar do STF (Supremo Tribunal Federal).

A expectativa é de que Roberto Jefferson seja transferido para Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na zona oeste carioca. O presídio é destinado para detidos com curso superior —Jefferson é formado em Direito.

Por que Jefferson foi preso? Os agentes da PF foram até a casa de Jefferson na manhã de ontem cumprir ordem de prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Na decisão, o ministro apontava o descumprimento de medidas cautelares por parte de Jefferson —até domingo (23), ele estava em prisão domiciliar. O ex-deputado é acusado de tumultuar o processo eleitoral e proferir discursos de ódio, além de atacar instituições democráticas. No despacho, Moraes pediu prisão, busca e apreensão e proibiu entrevista.

A decisão ocorreu depois de Jefferson xingar a ministra Cármen Lúcia, do STF, e a comparar com "prostitutas", "vagabundas" e "arrombadas" em uma publicação na internet. Ele estava proibido de usar as redes sociais, justamente por outra ordem de Moraes. A gravação foi publicada no perfil da filha de Jefferson, a ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB), que teve a conta suspensa.

Moraes determinou prisão em flagrante. No fim da tarde, Moraes expediu nova ordem de prisão. "Diante de todo exposto, independentemente do horário, determino à Polícia Federal que cumpra a ordem de prisão expedida e/ou a prisão em flagrante delito. A intervenção de qualquer autoridade em sentido contrário, para retardar ou deixar de praticar, indevidamente o ato, será considerada delito de prevaricação", diz o texto. Jefferson se entregou logo depois.

Em nota divulgada à noite, a PF informou que Jefferson também foi preso em flagrante por tentativa de homicídio. "Além da prisão judicial, o investigado também foi preso em flagrante sob a acusação, inicial, de tentativa de homicídio, sem prejuízo de eventuais outros crimes cometidos durante a ação."

Ex-deputado gravou vídeos. No domingo, o ex-deputado gravou vídeos em que confirma ter reagido à prisão contra agentes da PF, em sua casa, e chegou a dizer que não iria se entregar.

"Chega de opressão, eles já me humilharam muito, a minha família. Mas eu não estou atirando em cima deles. Eu dei perto, eu não atirei neles. Eu não atirei em ninguém para pegar. Atirei no carro e perto deles. Eram quatro, eles correram, e eu falei: 'sai porque eu vou pegar vocês'. Isso que vocês têm que saber. Eles vão vir forte e eu não vou me entregar. Chega. É muita humilhação", disse ele em um dos vídeos.

Além dos vídeos, Roberto Jefferson divulgou uma nota. Disse que a prisão domiciliar ocorreu por "decisão ilegal" e que "a injustiça todos os dias se renova sobre minha vida e da nossa família".

Negociação foi gravada. Um vídeo que circula entre policiais federais e foi obtido pelo UOL mostra uma conversa amistosa entre Roberto Jefferson e um policial federal que negociava a rendição dele na tarde de ontem.

Na gravação, é possível ver que a conversa entre o ex-deputado e o policial, que não teve sua identidade confirmada pela reportagem, é acompanhada por Padre Kelmon (PTB), candidato derrotado à Presidência.

Inicialmente, o ex-deputado afirma que não atirou nos policiais —mas revidou. "Eu quero lhe dizer uma coisa. Não atirei neles. Eles sabem disso. Eu cheguei e eles estavam embaixo, e eu com fuzil, com a arma."

O policial responde que "os meninos estão bem", numa possível referência aos agentes feridos, que foram socorridos e am bem, segundo nota divulgada mais cedo pela PF.

Eu falei: 'vocês não têm como me levar. Vocês não estão armados'. Todo mundo sem colete. Todo mundo de peito nu."
Roberto Jefferson, em conversa com policial

O agente que negocia com o ex-parlamentar diz que os colegas que foram cumprir a ordem de prisão são da área de inteligência, "burocráticos", trabalham em escritório e "não são operacionais".

Jefferson relata que um policial "magrinho" atirou nele. "Ele que atirou em mim primeiro", afirma. "Ele três vezes ficou enquadrado no meu red dot [função que auxilia o atirador na hora do disparo]. E eu falei, 'não atira nele, Roberto Jefferson'. Eu não atirei. Quando eles correram para atrás da viatura, aí eu joguei a granada na frente."

O policial pergunta que tipo de granada Jefferson atirou contra os policiais, e ele responde que era de efeito moral. O agente ri —ao fazer comentário sobre o cheiro no local.

Jefferson ite ainda ter jogado uma segunda granada quando os policiais desceram a ladeira e diz que atirou apenas contra o carro "quando não havia ninguém".

Bolsonaro criticou ação de Jefferson. Ao comentar a prisão do ex-deputado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que "o tratamento dispensado a quem atira em policial é bandido".

Como determinei ao ministro da Justiça, Anderson Torres, Roberto Jefferson acaba de ser preso. O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido. Presto minha solidariedade aos policiais feridos no episódio."
Presidente Jair Bolsonaro (PL), em vídeo

A mensagem foi divulgada pelo chefe do Executivo poucos minutos após o ex-deputado se entregar aos agentes e delegados.