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Reino Unido anuncia reforma radical em estratégia de defesa para enfrentar novas ameaças

Primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, prometeu mais gastos britânicos com defesa Imagem: Reprodução/Youtube Keir Starmer

02/06/2025 14h30

O Reino Unido anunciou nesta segunda-feira que mudará radicalmente sua abordagem de defesa para enfrentar as ameaças da Rússia, os riscos nucleares e os ataques cibernéticos, investindo em drones e na guerra digital, em vez de depender de um Exército muito maior para se envolver em combates modernos.

Em resposta à insistência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que a Europa assuma mais responsabilidade por sua própria segurança, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, prometeu o maior aumento sustentado nos gastos britânicos com defesa desde o fim da Guerra Fria.

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Mas com finanças limitadas, o plano do governo prevê tornar o Exército mais letal, e não maior, aprendendo com a Ucrânia, onde os drones e a tecnologia transformaram o campo de batalha.

O secretário de Defesa, John Healey, disse que os adversários do Reino Unido estão trabalhando mais em aliança e que a tecnologia está mudando a forma como a guerra é travada.

"Os drones agora matam mais pessoas do que a artilharia tradicional na guerra da Ucrânia e quem colocar novas tecnologias nas mãos de suas Forças Armadas mais rapidamente vencerá", disse ele.

Starmer encomendou uma Revisão Estratégica de Defesa logo após ter sido eleito em julho ado, encarregando especialistas, incluindo o ex-secretário-geral da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), George Robertson, e uma ex-conselheira da Casa Branca, Fiona Hill, de formular um plano para os próximos 10 anos.

Apesar dos cortes no orçamento militar nos últimos anos, o Reino Unido ainda é, ao lado da França, uma das principais potências militares da Europa, com seu Exército ajudando a proteger o flanco oriental da Otan e sua Marinha mantendo presença no Indo-Pacífico.

No entanto, o Exército britânico, com 70.860 soldados treinados em tempo integral, é o menor desde a era napoleônica e o governo afirmou que ele precisa ser reformado devido às crescentes ameaças estratégicas.

James Cartlidge, chefe de política de defesa do Partido Conservador, de oposição, disse que o governo não conseguiu provar que poderia financiar as recomendações da revisão, o que significa que ele "se esquivou das grandes decisões".

"Uma SDR (Revisão Estratégica de Defesa na sigla em inglês) sem financiamento é uma lista de desejos vazia", disse Cartlidge aos parlamentares, muitos dos quais criticaram o governo por não divulgar a revisão primeiro ao Parlamento e não à mídia.

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